Ourém, cidade dos igarapés e do maior e mais antigo festival do estado
O XXXVI edição do Festival da Canção Ouremense vai premiar e revelar as novas composições do Pará e do Brasil
Já se aproximando dos últimos dias do mês de julho o “Cultura de Verão” leva o leitor a saber um pouco mais sobre o município de Ourém, nordeste do estado, uma cidade conhecida pelos belos igarapés de águas cristalinas. Um lugar que proporciona sossego, mas também oferece diversão. Esse final de semana, em especial, ocorre o XXXVI edição do Festival da Canção Ouremense.
A cidade fica a 182 km de Belém e para chegar até lá o visitante pode ir de carro particular ou de ônibus por meio da rodovia BR-316. Mas para quem não conhece é preciso ficar atento, pois antes da entrada de Capanema é necessário fazer a curva em direção a PA- 124, o acesso principal da cidade.
VEJA MAIS
“Ourém é uma cidade muito cultural e que preserva suas manifestações. E é muito bom lembrar da época da escola em que fazíamos parte das festas de boi e também de outras programações que mostram a identidade da cidade”, recorda o Dj.
Tem dois mestres que Gustavo tem um carinho todo especial: o mestre Cardoso, que morreu em 2012. Gustavo diz que lembra com clareza da presença do mestre e de suas composição universais e cosmopolita, ao mesmo tempo. “Ele escrevia sobre a natureza, mas também falava o que enxerga sobreo mundo a partir da realidade dele. É muito rica a obra dele”, destaca o Dj.
Outro mestre citado por Gustavo é o Mestre Faustino, ainda vivo e muito presente junto com a família com o envolvimento da produção cultural da região. “Ele e a família dele são multi-artistas que vêm promovendo várias atividades em Ourém. Por sinal, uma característica muito forte da cena cultural de Ourém é que geralmente os artistas não se limitam a uma linguagem, eles atuam em diversas áreas e isso é bonito de ver”, acrescenta Gust.
Para o Dj, Ourém é uma cidade pequena e que preserva a aura de vila e que os moradores sempre tiveram uma relação forte com os rios, com os igarapés e com a natureza de um modo geral. “Tem toda uma história mística envolvida, a toada de boi traz os encantados. Quem for em Ourém vai conhecer essas histórias, por exemplo, a minha avó dizia que a partir das 18h era preciso pedir licença aos encantados para entrar nas águas”, recorda Gust.