Renato Torres faz live solidária pelo Movimento de Emaús

Ele é uma das atrações da campanha em favor de uma das entidades sociais de maior expressão no Pará e que completa 50 anos

Enize Vidigal

As lives solidárias em favor do Movimento de Emaús continuam. Nesta quarta-feira, 13, quem vai se apresenta é o cantor, compositor e ator Renato Torres, que tem um trabalho musical autoral muito sensível, repleto de mensagens poéticas e reflexivas nutridas de esperança. O Movimento de Emaús completa 50 anos atuando na socialização, profissionalização e promoção de direitos a crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade na Amazônia. A live inicia às 18 horas, no Facebook e Instagram de Renato Torres.  

O Movimento de Emaús está com uma campanha de arrecadação em uma plataforma de financiamento coletivo, cuja meta é obter R$ 100 mil para a manutenção das ações da associação sem fins lucrativos. Com sede no bairro do Bengui, em Belém, onde fica a “Cidade de Emaús”, o movimento beneficia diretamente cerca de 600 crianças e adolescentes com atividades culturais, artísticas e esportivas fornecidas na sede, além de cerca de 120 adolescentes e jovens por meio do projeto Adolescente Aprendiz, que estão inseridos em estágios no mercado de trabalho, sem falar no atendimento jurídico e social através do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca-Emaús). (Saiba como doar ao final da matéria)

“É muito importante fazer lives para ajudar outras pessoas e instituições que estão precisando, como o Movimento Emaús”, destaca Renato Torres. Ele apresenta nessa live show o repertório autoral, entre canções inéditas e faixas do disco “Vida é Sonho”, de 2019. Com um “pé” no teatro e outro na poesia, ele transforma os espetáculos em uma expressão artística que extrapola as fronteiras da música e “brinca de pira” com uma obra performática mais complexa, em que o canto é embalado pelo lirismo e poesia de “Brincante”, personagem mambembe caracterizado em maquiagem e figurino de palhaço, que emociona e instiga quem o assiste.

Inéditas - Entre as novíssimas canções desse repertório está “Tempo de Sonhar”, composta com Diego Xavier, uma marcha-rancho nostálgica que fala de um tempo passado em que era possível sonhar mais. O refrão diz: “Sonhar é melhor depois de acordar’, ou seja, o sonho que te move na vida, que te movimenta”.

Outra inédita cuja mensagem se encaixa na fase de isolamento social é “Uma Voz”, parceria dele com Márcio Moreira. “A música é de 2016, período do impeachment de Dilma Rousseff em que as opiniões políticas dividiram o país. A letra fala que a música se tornou a voz do povo, de transformação e de esperança. O refrão dela preconiza um futuro leve e de unificação”.

Outras lives acontecerão nas quartas-feiras, 20 e 27, com os cantores Rubão Andrade de Kleyton Silva, nas redes sociais dos artistas, às 18 horas.

Movimento de Emaús, como tudo começou

image Padre Bruno Sechi cercado de crianças e jovens atendidos (Facebook)

Em certos momentos, a solidariedade é a mão que gira o moinho da história. Foi a solidariedade que fez surgir o Movimento de Emaús há 50 anos, em Belém, e que manteve as iniciativas da associação, movendo voluntários e colaboradores e influenciando políticas públicas para transformar vidas.

O Padre Bruno Sechi, fundador do Movimento de Emaús, recorda como tudo isso começou: “Não foi uma ideia pessoal, sempre as coisas aconteceram e continuam acontecendo vindas de uma relação participativa. Era um grupo de jovens que se deparou com a situação dos meninos do Ver-o-Peso e resolveu fazer alguma coisa. Eu estava na animação desse grupo de jovens”.

A primeira sede funcionou em um imóvel cedido da “Ladeira do Castelo”, em 1970 e 71. O movimento conseguiu a sede própria no bairro do Jurunas, instalando-se na confluência dos também periféricos bairros da Condor e da Cremação, além da nobre Batista Campos.  “Eram (esses bairros) profundamente marcados pela vulnerabilidade. Depois, (Emaús) se expandiu para núcleos no Ver-o-Peso, Sacramenta, Pedreira, Bengui - e no Bengui evoluiu para a Cidade de Emaús, que é a sede central do movimento, hoje”.

Os núcleos nos bairros não existem mais. “Foi uma experiência para que as crianças e famílias não precisassem ir para o centro da cidade para a sua sobrevivência, mas tivessem acesso à condição de vida digna no próprio bairro. Eram desafios muito grandes”, recorda.

Ao longo de 50 anos, os rumos do movimento foram pautados pela participação coletiva – a chamada “República de Emaús” – por meio de uma assembleia com colaboradores, voluntários e as próprias crianças e adolescentes atendidos com as famílias. “Não trabalhamos apenas com crianças e adolescentes, mas deles inseridos nas suas famílias, o que é extremamente importante”. 

“O movimento é a expressão de uma vontade coletiva (...) O movimento não é uma ilha, mas uma experiências de vida e de atuação que tem caráter de exemplificação. O nosso sonho é que isso tudo vire política pública universalizante”.

COMO DOAR:

- Plataforma de financiamento coletivo Kickante no link: https://www.kickante.com.br/campanhas/emaus-precisa-cantinuar

- Depósitos e transferências: Banco do Brasil (agência 1686-1 e conta 735789-3), Caixa Econômica (agência 1578/003 e conta 00000283-7), Banpará (agência 0024 e conta 301121-06) e Santander (agência 3214 e conta 130002365).

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