Mestre Lázaro exalta cultura paraense e leva elementos de Bragança para o carimbó
Natural da vila de Ajuruteua, o compositor de 65 anos se inspira nas comidas típicas, floresta, frutas e festejos do estado para criar suas canções
Compositor desde os 14 anos, Lázaro Fernandes, o Mestre Lázaro, sempre sonhou em viver para a música. Atualmente com 65 anos, ele é referência no carimbó, já possui aproximadamente 170 composições e começou a se dedicar totalmente à cena musical aos 59 anos, após concorrer a um prêmio nacional no qual conquistou o terceiro lugar e foi reconhecido como mestre de cultura.
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Entre as composições, ele tem desde referências ao Glorioso São Benedito, padroeiro de Bragança, a dedicatórias para as erveiras do Ver-o-peso, e até mesmo homenagens aos profissionais que estavam na linha de frente durante a pandemia de 2020. “A música ‘Anjos de Branco’ é uma comemoração à junta médica pela vitória contra a Covid-19. Aos médicos, enfermeiros e farmacêuticos”, explica.
“Como eu sou devoto de São Benedito, eu compus a música 'Eu vou pra orla'. Ela retrata a travessia dele, que é o deslocamento dele da Vila do Camutá para Bragança. Na música diz tudo, retrata o trajeto do Santo Preto para a nossa cidade bragantina, retrata a Marujada, a chegada dos devotos para esperá-lo na orla e a grande procissão do dia 26 de dezembro”, ressalta.
Com agenda de shows já aberta para este ano, Mestre Lázaro pretende gravar duas canções em ritmo de xote para serem lançadas até o mês de fevereiro. Para o segundo semestre, ele conta já ter planos, como o lançamento de um retumbão, ritmo dançado na Marujada de Bragança, e uma música exaltando a farinha do município, que, para ele, é a melhor do mundo.
(*Juliana Maia, estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura de Oliberal.com, Abílio Dantas)