MENU

BUSCA

Mariza Black e Carlos Guthyerrez dividem o palco no show 'Da Cabeça aos Pés'

O repertório de MPB terá pitadas de samba e axé music

Redação Integrada

Mariza Black e Carlos Guthyerrez dividem o palco no show "Da Cabeça aos Pés", nesta sexta-feira, 23, no Núcleo de Conexões Ná Figureredo, às 21 horas. O espetáculo marca o encontro de dois velhos amigos da cena musical paraense, que pela primeira vez realizam um show completo juntos, que será marcado por MPB com um repertório preparado para emocionar e também dançar.

Mariza, com 17 anos de carreira, conhecida intérprete do samba, e Guthyerrez, com 20 anos de trajetória dedicada à obra e grandes nomes da popular brasileira. No repertório, "Cotidiano" (Chico Buarque), "Rapaz Latino-americano" (Belchior), "Mas Que Nada" (Jorge Ben Jor) e "Último Desejo" (Noel Rosa) brilham entre a pitada de sambinhas, como "Foi Um Rio que Passou em Minha vida" (Paulinho da Viola); e os primeiros hist do axé music, como "Faraó Divindade do Egito/ Faraó" (Djalma Oliveira) e "Uma História de Ifa/ Elegibô" (Rey Zulu e Tropicalia Ytthamar), conhecidas na voz de Margareth Menezes.


Ainda, Mariza apresenta as canções do disco recém-lançado, "Samba Parauara" (2019), "Ogum Megê" (Carla Cabral) e "Tua Presença" (Alcyr Guimarães), enquanto Guthyerrez traz do CD dele, "O Vento Vai Refazer" (2013), a música "Último Desejo" (Noel Rosa).

Mariza recorda que Guthyerrez já era conhecido nos palcos de bares da Cidade Nova, em Ananindeua, quando costumava interpretar Maria Bethânia. Ele a convidou para subir ao palco pela primeira vez, em 2002. "Foi uma surpresa. Não tinha nada marcado", recorda. Até então, ela brincava em videokês apesar de ter vencido um festival de música da Escola Augusto Meira, no ano anterior. "

"É um sentimento de alegria e de amor cantar com o Carlinhos. Tenho um carinho muito grande pelo artista e pela pessoa dele. Sinto gratidão eterna porque ele me abriu o palco há 17 anos e me deu o nome artístico de Mariza Black. Sou artista desde pequenina, a vontade e cantar sempre existiu, mas foi elem quem me chamou e me batizou", revela a cantora.


Guthyerrez dividiu a carreira entre bares, teatros, shows e festivais. Ele está preparando o novo disco, ainda sem nome, com músicas inéditas de autoria própria e de outros artistas paraenses, como Marcelo Sirotheau, Silvinha Tavares, Allan Carvalho, Daniel Bastos, Robson Luiz e Kátia Maués, sem deixar de acrescentar uma música de Noel Rosa, marca registrada dele, que é grande fã do compositor carioca. 

"A Mariza foi dar canja num bar que eu cantava na Cidade Nova, na Av. Arterial 18. Eu chamava Mariza, mas tem outras Gatamansa, Monte... Eu não achei o sobrenome dela musical. Aí eu perguntei: porque não Mariza Black?. Ela gostou na hora e eu pensei até que ela fosse esquecer, mas muito tempo depois vi ela se divulgando como Mariza Black. Ela se aborrece quando alguém a chama de morena, ela diz que é negra. Não é um nome alegórico, ele tem força e história", acrescenta ele.

"Eu e a Mariza temos uma afinidade pessoal muito antiga e também musical. Amo dividir palco com outros cantores".

Música