Juca Culatra festeja em dose dupla 40 de idade e 10 anos de carreira

Juca Culatra comemora os 10 anos de carreira no mesmo dia dos seus 40 anos de idade em uma festa cheia de misturas, nesta sexta-feira (26), na Kasa Koentro. A data é um marco para o músico, que reflete os últimos 10 anos que passou a ser cantor como um período de aprendizagem e transitoriedade.  E para celebrar a data, ele convida artistas de diferentes gêneros como Jeff Moraes, Waldo Squash, Thais BADU, Will Love, Anna Suav e Bruna B.G. O ingresso custa R$10,00.

"Antes eu fazia parte das bandas como músico, mas de dez anos pra cá passei a assumir o vocal e comecei a ter uma nova experiência".  O artista está em fase de lançamento do novo trabalho que conta com seis músicas e seis clipes, que vem com a pegada de mistura de música paraense, jamaicana e eletrônica. 

Ele explica que as seis músicas têm uma história para ser contada em forma de canção. "Eu não sei nem explicar o que é isso, só sei dizer que contamos histórias musicalmente. Algumas já foram lançadas e outras não", diz Juca. O roteiro já está quase todo pronto e planeja lançar no período do verão amazônico.

No novo álbum tem a música “Caçador de Like” (lançada no programa Estrelas do Brasil da Rede Globo, apresentado pela Angélica), que trata sobre o fato de as pessoas se preocuparem  mais com o mundo virtual do que o real. Conta também com a faixa já lançada “Carimbó do ET”, que conta a história do extraterrestre que chega no planeta e fica indignado com a destruição da floresta amazônica, a música possui videoclipe e pode ser assistida no canal do artista junto com sua nova música de trabalho “Essa mistura, essa balanço!” que é uma homenagem a Waldemar Henrique e aos mestres de carimbó, uma parceria sua com os integrantes da Gang do Eletro, Marcos Maderito e Will Love que assina a produção musical.

Juca é conhecido por ser um artista sem gênero específico, pois ele diz que isso é forte por viver numa eterna transitoriedade. "Eu sempre busquei isso na minha carreira, nunca quis ser rotulado com um tipo de música, pois a arte muda, a vida muda. Eu acompanho esse meu movimento. Não gostaria de ser um cara que cantasse reggae a vida toda. No momento estou envolvido com a batida da música paraense e com a música eletrônica. E e esse o resultado do meu novo trabalho", pontua Culatra.

Em 2009 o artista montou sua primeira banda, buscando misturar estilos musicais e descobrir novas sonoridades. Nessa primeira experiência a musicalidade do disco vai do reggae ao rock com pitadas de ritmos afro-brasileiros com mensagens da luta do homem contra ele mesmo, da degradação do meio ambiente e das mazelas da sociedade, sempre cantadas de maneira irônica e irreverente.

Já no segundo disco Juca começa a buscar a sua sonoridade dentro da matriz musical popular paraense. Não saindo de sua influência inicial, o reggae. Nesse álbum, lançou músicas com versões de grandes sucessos do brega paraense no estilo jamaicano. O BREGGAE
(BREGA REGGAE), com levadas de dancehall, reggae roots e ragga.

Em 2016, Juca Lançou seu terceiro disco, o Skrega, que tem influências do calipso, do brega com a levada de guitarra do ska. O CD foi produzido pelo músico guitarrista Pedrinho Farias (irmão mais velho de Chimbinha), gravado e mixado em Belém trazendo uma
sonoridade dançante. Juca Culatra buscou os mais conceituados músicos paraenses para preencher arranjos de metais, cordas, guitarras, percussões em um cd dançante.

Serviço:

Data: sexta-feira, 26
Local: Kasa Koentro
Ingressos: R$ 10 REAIS até 22:00 da noite.