Do espaço sideral ao aconchego do teatro; veja lançamentos de Renah e Lucas Guimarães

Com lançamentos de Renah e Lucas Guimarães, a quinta-feira tem leque variado para paraenses
Com a missão de trazer boas novas direto do futuro, uma personagem intergaláctica e viajante do tempo revela sua mensagem por meio da música nesta quinta-feira (23). Renah - alter-ego de Renata Del Pinho, lança seu disco de estreia “Energia”, projeto em que passeia pela dance music, psicodelia e música paraense. O disco está disponível nas plataformas de música.

Nome bastante influente da música em Belém, Renata apresenta esta nova fase inspirada na motivação de mudança, cantando sobre o que viu e sentiu durante a pandemia de coronavírus.

“Comecei a compor no início da pandemia. Essa realidade cruel me impulsionou a querer mostrar minha visão de esperança para um mundo melhor. Eu já havia passado por um processo de transformação e com todo o clima da pandemia, queria compartilhar um pouco do otimismo que me ajudou a superar esse período difícil da minha vida. A cada criação, uma reflexão sobre a vida, sobre o comportamento humano e uma mensagem de ânimo e esperança. Foi aí que percebi que havia dentro de mim uma outra voz, como se fosse um outro ‘eu’ que trazia essas mensagens. Assim nasceu a Renah”, explica a artista.

Com dez faixas, “Energia” marca o lançamento da carreira de Renata como compositora, já escrevendo em português e inglês. O despertar para a composição veio junto com um novo parceiro musical, o filho Renan de Pinho. Aos 22 anos, ele divide a autoria de quatro faixas do álbum: “Now”, “We’re Far from Here”, “Inside me” e “Now I know the new Sky”. O disco tem produção musical de Félix Robatto e Bruno Benitez.

Lucas celebra ‘Mantra’

Lucas Guimarães celebra álbum em show virtual (Denys Costa/Divulgação)

Também nesta quinta-feira, 23, mais música paraense invade a rede. Lucas Guimarães celebra o lançamento do disco “Mantra”, onde aponta o caminho que forjou em sua desafiadora jornada contra a depressão: música e poesia. Um show virtual estreia no canal do artista no YouTube, às 19h.

Em “Mantra”,disponível nas plataformas de música, Lucas se cerca de amigos, apresenta novas parcerias e fala de dor, perdas e recomeço em um disco com letras densas e repleto de ritmos de dançar.

“A ideia era falar sobre minha experiência de uma maneira, ao mesmo tempo, séria e leve. Queria tocar no assunto, mas não acessar gatilhos dolorosos e tampouco soar autoajuda. Então fui colocar nas músicas a maneira que eu vivi com depressão. Fiz com ritmos que são normalmente ligados a músicas felizes. Quem já ouviu as músicas diz que ficou quase em um clima carnavalesco, mesmo com um tema que nos remete à tristeza”, diz Lucas.

O show, projeto contemplado pelo edital de incentivo à cultura da Lei Aldir Blanc (Secult/PA), foi gravado no Gasômetro, em Belém. No palco, o artista e o teatro, nada mais. Sem plateia e sem banda de apoio, Lucas vive a experiência de uma solitude que se impôs nesses tempos de distanciamento social.

“Acredito que ainda não seja o momento de retomado de um show com público. É um trabalho que marca esse contexto, de alguma forma é resultado de tudo que estamos atravessando. Faço essa apresentação com a alegria de quem fechou um ciclo”, fala o artista que volta a Belém, após sair de sua cidade natal, Abaetetuba, interior do estado, firmar carreira na capital paraense e passar longa temporada em São Paulo.