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Crianças e adolescentes de Oriximiná aprendem música por meio de projeto social

Cidade ganha um núcleo do programa 'Orquestra Maré do Amanhã'

O Liberal
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O operador de equipamento industrial Josielton Santos, morador da comunidade Boa Vista, no município de Oriximiná, no oeste do Pará, sempre achou que a filha, Joyciane Souza, de 16 anos, tinha jeito para a música. Mas a oportunidade para mostrar essa habilidade, nunca tinha aparecido. Até que este ano, por meio do projeto Orquestra Maré do Amanhã, surgiu a chance para a jovem aprender viola e violino em aulas gratuitas. Assim como ela, um total de 60 crianças e adolescentes da cidade estão entrando em contato pela primeira vez com o universo da música.

O foco do projeto é levar cultura a pessoas que não têm acesso, unindo esses dois polos no distrito de Porto Trombetas e na Comunidade Bela Vista. As aulas estavam previstas para iniciarem em 2020, mas precisaram ser adiadas por conta da pandemia de Covid-19. Com o avanço da vacinação, as atividades foram retomadas no último mês de junho, seguindo todos os protocolos de segurança preventiva.

As aulas ocorrem às terças, quartas, quintas e sextas. A partir de agosto, se o contexto da pandemia estiver mantido sob controle, a proposta é incluir também aulas itinerantes, às segundas-feiras, nas escolas municipais das comunidades Boa Vista e Moura.

“Fizemos as audições e a seleção para avaliações rítmica e melódica dos alunos que fariam parte do projeto ainda em janeiro de 2020, antes da pandemia. Já temos os 66 alunos selecionados para o projeto e a proposta do calendário até o final do ano”, comenta Rodrigo Araújo, coordenador do projeto Orquestra Maré do Amanhã, núcleo Porto Trombetas.

Para o seu Josielton Santos essa foi a oportunidade que a filha precisa para aprender viola. “A Joyciane já tinha habilidades musicais com violão e inscrevemos ela para adquirir mais conhecimentos. Ela está gostando bastante e muito empolgada com as aulas”, contou.

Camila Siqueira, também é aluna do projeto, e comemora a chance de aprender algo novo. “Essa é a hora porque é um sonho para qualquer um. Para nós, ribeirinhos, que não tínhamos algo tão diferente, é uma boa oportunidade, porque é algo novo. Os professores são muito legais e as aulas são bastante práticas e muito divertidas”, relata.

Outra aluna do projeto, Júllia D´Antona Pessoa, que mora em Porto Trombetas, diz que sempre gostou de instrumentos, mas nunca tinha tido a oportunidade de conhecer melhor um. “Estou muito feliz, eu e vários alunos que se inscreveram estamos, porque nem todo mundo tem essa oportunidade e está sendo muito legal aprender várias coisas”, declara.

O projeto é uma iniciativa social da Mineração Rio do Norte (MRN) e tem parceria da orquestra Maré do Amanhã e do colégio Equipe, onde ocorrem as aulas, no Porto Trombetas.

O coordenador do projeto, Rodrigo Araújo destaca a importância do engajamento dos participantes e a dedicação deles às aulas ministradas pelo professor Matheus Silvestre. “Com certeza, devemos descobrir grandes talentos quando os participantes amadurecerem mais seus conhecimentos musicais”, garante.

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