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Banda Lótus Áurea lança vídeos de show no Schivasappa do projeto autoral 'Fragmentos'

Proposta é que cada um dos singles que integram o trabalho tenha um clipe lançado às segundas-feiras de julho

Ana Carolina Matos

A influência setentista e amazônida da banda Lótus Áurea marca a singularidade do grupo paraense de rock progressivo. Ao longo do mês de julho, os músicos lançam, em vídeo, a conclusão do projeto autoral "Fragmentos". A proposta é que cada um dos singles que integram o trabalho tenha um clipe lançado às segundas-feiras deste mês. A estreia foi com a música "Beba", seguida da canção "Visão".

Nos dias 20 e 27, é a vez dos registros de "Caminho para a Lua" e "Retornei" chegarem ao canal da banda no Youtube.


Os registros marcam o encerramento do EP "Fragmentos", ao final de 2019, que resultou no show gravado em um dos palcos mais conhecidos da capital paraense: o Teatro Margarida Schivasappa. Na época, os artistas lançavam as canções a cada semana, de modo fragmentado. "O interessante do conceito do projeto é mostrar que os fragmentos estão o tempo todo conectados e ao mesmo tempo mantém a individualidade, isso já vem desde a arte da capa dos quatro singles que se conectam", explica o baixista Daniel Avelar, que divide os comandos dos vocais com o tecladista Matheus Gabriel. Além disso, o grupo conta ainda com Fause Pereira na guitarra e Pedro Guedes na bateria.


Avelar explica que cada single é representado por um dos músicos e também um tajá, planta ornamental frequentemente associada a poderes místicos. "Um exemplo é o tajá que representa a música 'Caminho para a Lua', que é uma planta que fala sobre como dois amantes poderiam se comunicar entre distâncias impraticáveis só com o uso da planta. A música fala justamente sobre isso, como o amor verdadeiro sempre encontra formas de se expressar, mesmo com a maior das distâncias que pode ser a vida e a morte", destaca o músico.

O guitarrista pontua que o EP Fragmentos também dialoga com o primeiro álbum do grupo, o Principia, lançado em março de 2018. O trabalho foi baseado na teoria dualista de Platão, sobre o mundo sensível e o mundo das ideias. A temática das canções gira em torno de um processo de libertação de amarras físicas, sociais e psicológicas enfrentados pelos seres humanos ao longo da vida. "Fragmentos não é distante do Principia, mas mostra que a gente não vai ficar parado. Também instiga uma curiosidade do que vem por aí", conclui.

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