Manifestações literárias são facilitadas no Pará por meio da Imprensa Oficial do Estado
Decreto da política pública de edições e publicações de livros, revistas, cartilhas, jornais e e-books, sob a gerência da Imprensa Oficial do Estado, foi assinado na solenidade de abertura da 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes
A política pública de edições e publicações de livros, revistas, cartilhas, jornais e e-books do Estado do Pará, sob a gerência da Imprensa Oficial do Estado (IOE), foi instituída, por meio de decreto assinado pelo governador Helder Barbalho, na noite deste sábado (24), durante a solenidade de abertura da 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, na Arena Multivozes, no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, em Belém.
De acordo com o governador, a missão diária de publicar as informações governamentais merecia ser expandida para facilitar o custo de manifestações literárias no Estado. "Que possamos usar a imprensa oficial para a produção de literatura, permitindo que todas as manifestações não precisem buscar alternativa no mercado privado. Algo que permita a pluralidade de oferta, diluindo seu custo", destacou o Helder Barbalho.
Ele também destacou a voz dada à diversidade durante a feira, pontuando o momento em que a Amazônia se intensificou como tema mundial por conta do desmatamento e das queimadas. "A feira representa a pluralidade. E tem algo mais plural que a literatura? Que a cultura?", questionou.
"Neste momento em que estamos sendo enxergados pelo planeta, que possamos deixar claro que existe lei na nossa terra. Aqueles que agem em conformidade têm proteção do Estado. Aqueles do ato contrário do cumprimento das regras contarão com o pulso forte do Estado na repressão. E que isso possa permitir a construção de um plano de sustentabilidade para a região", disse.
Homenageados
Durante o evento, o poeta e professor João de Jesus Paes Loureiro e a professora e ativista Zélia Amador de Deus, receberam oficialmente a menção honrosa como os homenageados desta edição da feira.
"É o encontro de toda uma vida dedicada à poesia, ao magistério e ao amor pela Amazônia que provoca, nesta feira, uma reunião entre o autor, o livro e o leitor", comentou João de Jesus Paes Loureiro.
"Mas minha felicidade não é completa, porque carece da felicidade coletiva desta Amazônia, que arde em chamas, no abandono e no desespero dos povos ribeirinhos, quilombolas e índios. E minha poesia sempre defendeu a liberdade, a grandeza e o respeito por eles", completou o poeta.
Para a professora Zélia Amador de Deus, o importante é dividir a homenagem com todos que representam a marca da desigualdade. "Esta é uma homenagem coletiva. A todos aqueles que trazem a marca da diversidade diminuída pela diferença no próprio corpo".
A programação deste primeiro dia foi encerrada com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. A 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes seguirá até dia 1° de setembro, sempre das 10 às 22h, com entrada franca.