José Mojica Marins, o Zé do Caixão, morre aos 83 anos
Considerado o pai do cinema de terror brasileiro, o cineasta estava recluso há cinco anos por problemas de saúde
O cineasta José Mojica Marins, que ficou conhecido em todo o país como Zé do Caixão, morreu nesta quarta-feira (19), em São Paulo. Ele estava internado no hospital Sancta Maggiore por conta de uma broncopneumonia e não resistiu às complicações da doença. A morte do artista foi confirmada pela filha, Liz Marins, ao jornal Folha de S. Paulo.
Considerado o pai do cinema de terror no Brasil e uma das referências no segmento mundial, o ator e diretor tem no currículo clássicos como "À Meia-Noite Levarei Sua Alma", de 1964 e "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver", de 1967. Apesar do sucesso que fez ao longo dos anos, as obras do cineasta foram originalmente desprezadas pela crítica brasileira.
Convidado de diversos programas televisivos e radialísticos, Zé do Caixão não era visto publicamente há cinco anos por conta de problemas de saúde, sobretudo cardíacos.
O apelido, que lhe rendeu um dos nomes mais conhecidos do cinema nacional, veio do personagem mais famoso de José Mojica Marins. Surgido em 1970, o personagem, de característica niilista e amoral, se considerava superior aos outros e tinha como principal obsessão ser pai de uma criança superior, fruto da "mulher perfeita". Nessa busca, o agente funerário seguia disposto a matar quem cruzasse seu caminho.