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Jardim da Liberdade inspira coleção

Coleção traz 49 peças criados por designers do Programa Polo Joalheiro

O Liberal

O lugar que um dia foi o pátio de recreação dos detentos no antigo presídio São José deu espaço para o único museu de gemas aberto que existe no Brasil. O "Jardim da Liberdade" é um dos locais mais bonitos e visitados dentro do Espaço São José Liberto e reúne cristais, quartzos, ametistas e citrinos distribuídos em formato de mandala, que se harmonizam com plantas e uma bela fonte de água.

O administrador Marcelo Gomes, matogrossense, que está em Belém a trabalho, ficou surpreso ao se deparar com o jardim. "É muito bonito, uma coisa que não tinha visto ainda, essa junção das plantas e das pedras e essa parte da arquitetura, ficou muito bonito mesmo. Eu nunca tinha visto um jardim mesclando essa tendências num único espaço".

Quem também não cansa de admirar a beleza do jardim é a estudante de designer Lúcia Gois. Ela conta que desde que chegou ao Espaço São José Liberto para fazer parte do programa Polo Joalheiro sempre viu a admiração das pessoas pelo jardim e daí nasceu a inspiração para a coleção "Joias do Jardim" que será lançada nesta quinta-feira(7).

"As pessoas quando chegam aqui se encantam com a beleza das pedras naturais, das pedras brutas, por isso me veio a idea de fazer uma coleção. Pensei coisas que podem ser divinamente criadas com joias brutas que têm toda uma visão, um aspecto de ostentação, de beleza. Vou utilizar quartzo rosa, citrino,amestista, que são pedras da nossa região e têm toda a identidade da Amazônia, e são pedras identificadas aqui no jardim. Tem uma peça,também que vai identificar o cristal que fica na entrada do Museu de Gemas. Trabalhei na criação de peças bem do cotidiano, que dê para a pessoa usar, anéis, colares, brincos e braceletes, que vão ficar encantadoras em qualquer qualquer braço", afirma a designer.

As 49 peças foram criadas por Lúcia, em parceria com Argemiro Munhoz e Helena Bezerra, e colaboração de Anderson Moraes. Todos fazem parte do Programa Polo Joalheiro,  que há 20 anos tem transformado o mercado de joias no Pará e, principalmente, os profissionais que trabalham no ramo. "Esse programa veio pra mudar a ideia que as pessoas tinham de ourives, de artesãos de joias. Antes do programa a nossa classe era muito desvalorizada e ele nos deu uma valorização e nos dá uma visibilidade melhor, te ajuda a enriquecer tua cultura e teus conhecimentos, te dá muita oportunidade de crescimento".

"Joias do Jardim" traz a marca da exuberância de Lúcia Gois, que se considera uma "exagerada" por gostar de peças com pedras grandes. A criativa do ramo de joias já ouviu que suas peças nunca venderiam por serem chamativas demais. Nunca ficou com elas em estoque. "Pra mim cada exposição é responsável por uma inspiração diferente porque é momento de mostrar que o paraense sabe fazer as coisas e o resultado são os elogios que a gente recebe 'de fora'", explica.

Elogios que Rosiléa dos Santos Souza, diretora de fiscalização e registro do Conselho Regional de Administração do Mato Grosso do Sul, não poupou ao entrar pela primeira vez no Jardim da Liberdade. "Estou encantada com o lugar e, principalmente, com esse jardim que traz uma energia muito diferente do que foi no passado essa instalação. Hoje ele traz sinais de novos tempo,de novas energias", comenta a turista.

Por mais de 100 anos o Espaço São José Liberto foi utilizado como local onde se cumpria pena privativa de liberdade, tantos para presos políticos quanto para condenados pela justiça.

 

Agende-se:

Exposição "Joias do Jardim" segue até 24 de abril, de terça a sábado, de 10h às 18h, e aos domingos e feriados de 10h às 14h no Espaço São José Liberto.

Cultura