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Henry Burnett se prepara para "Antologia 50"

O projeto visa lançar no último dia de cada mês de 2021 um clipe com canções autorais dos anos de carreira.

Bruna Lima

Depois de produzir um álbum infantil e um instrumental, no ano passado, Henry Burnett começa 2021 com mais um novo projeto, "Antologia 50", pela comemoração dos 50 anos do artista. O projeto visa lançar no último dia de cada mês um clipe com canções autorais dos anos de carreira. 

Henry disse que passou por um trabalho de "crivo" para fazer a escolha das canções para a preparação dos clipes. "São muitas músicas e está sendo um processo bem difícil para escolher apenas 12", explica o músico. No mês de outubro, mês de aniversário do artista, ele vai lançar um novo álbum com as 12 músicas.

"Como é o mês do meu aniversário e vou fazer 50 anos quero marcar esse momento com essa produção", destaca. No ano passado, o músico lançou duas importante produções na carreira, um álbum infantil em parceria com a filha, Júlia  Burnett, e também um álbum instrumental com a parceria de amigos.

"O álbum infantil era um projeto que estava na gaveta há oito anos junto com o poeta Paulo Vieira, que escreveu a maior parte das canções. Com a pandemia achei a oportunidade de desengavetar. E foi muito bom", explicou o músico.

Logo depois desse trabalho, Henry engatou no projeto "Estudos", álbum com músicas instrumentais.  O trabalho surgiu também como resultado do confinamento vivido durante o ápice da Pandemia. Cada músico gravou seu instrumento em casa, em alguns casos de celulares. 

“Comecei a compor pequenas peças instrumentais somente no ano passado. Não tenho formação musical, não escrevo música, todos os Estudos nasceram de modo instintivo e nem sei bem qual a fonte desses exercícios sem letra. A verdade é que mostrei alguns deles para o Arthur Alves, violoncelista paraense que mora hoje em Londrina, e foi ele que ouviu o conjunto e percebeu nele uma unidade que eu mesmo não via”, conta Henry. 

Produzido por Maurício Panzera (mixagem) e Henry Burnett, e masterizado por Rodrigo Fonseca (Baticum Discos), “Estudos” quebra a tradição do artista. 

Além de sua dedicação à música, Henry Burnett atua como professor e já publicou livros como "Cinco Prefácios Para Cinco Livros Escritos: Uma Autobiografia Filosófica de Nietzsche" (Belo Horizonte, Tessitura Editora, 2008), "Nietzsche, Adorno e um Pouquinho de Brasil" (São Paulo, Unifesp, 2011) e "Para Ler O Nascimento da Tragédia de Nietzsche" (São Paulo, Loyola, 2012). Graduado em Filosofia pela UFPA, com Mestrado e Doutorado em Filosofia pela UNICAMP, ele  é Pós-Doutor pela USP e pelo CESEM - Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical | Universidade Nova de Lisboa. 

 

Nasceu em Belém, onde viveu até os 27 anos. Morou em Campinas, Rio de Janeiro e São Paulo. Lançou o primeiro CD aos 25 anos, Linhas Urbanas (1996) e só 10 anos depois gravou o álbum, Não Para Magoar (2006), com as 12 faixas escritas de próprio punho; letra e música. O disco foi gravado em Belém em dezembro de 2005 e lançado no ano seguinte. Poucas semanas depois de seu lançamento no teatro Margarida Schiwazzappa, em Belém, o álbum foi selecionado pela curadoria musical do SESC São Paulo e lançado no Projeto Prata da Casa, na unidade do SESC Pompéia, em outubro de 2006.

 

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