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Geraldo Mártires Coelho lança obra sobre o Grêmio Literário Português

O professor aborda a importância histórica e cultural da instituição no período da Belém da Belle Epoque, de 1850 a 1910.

Enize Vidigal O Liberal

O professor Geraldo Mártires Coelho lança em Belém, nesta quarta-feira, 20, o novo livro “Grêmio Literário Português e a Belém da Belle Epoque (1850-1910)”, pela Editora Paka-Tatu. Doutor em História Cultural, ele é autor de 15 livros publicados. Nessa nova obra, o escritor faz um resgate histórico e cultural sobre a posição de destaque que o Grêmio Português teve no período do Ciclo da Borracha. O lançamento com sessão de autógrafos será realizada na sede da editora, situada na Rua Bernal do Couto, 785, das 18 às 21 horas. Devido à pandemia pela Covid-19, será permitido o acesso ao local somente com o uso de máscaras.

“Eu trabalho (nesse livro) com a vida social e cultural de Belém da segunda metade do século XIX”, discorre Geraldo Mártires Coelho. Ele começou a escrever a obra em 2017, quando o Grêmio completou 150 anos. A instituição foi fundada em Belém, em 1867, inspirada no Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, conforme explica o professor.

“O Grêmio teve um papel importante na formação e na qualificação dos portugueses de Belém, que tinha um comércio muito desenvolvido. Como o Grêmio foi formando uma biblioteca rica e completa, o espaço era frequentado por cidadãos interessados em história e cultura”, ressalta.

O livro destaca que o Grêmio foi reconhecido e respeitado pelas autoridades monárquicas, assim como pelas republicanas, inclusive, trouxe a Belém os ideais republicanos que avançavam na Europa, conforme retratavam dos jornais da época que chegavam à biblioteca da instituição.

No início do século XIX, os lusitanos e descendentes passaram a se organizar em associações para o seu fortalecimento. Em 1819, fundaram a Praça do Comércio do Pará, no convento dos Mercedários, centro de Belém, depois veio o Gabinete Português de Leitura (nome de origem do Grêmio Literário Português, que depois passou a ser Grêmio Literário e Recreativo Português), assim como o Hospital da Beneficente Portuguesa e a Tuna Luso Brasileira, entre outros.

Geraldo Mártires Coelho observa que “o Grêmio se revelou como um espaço com estratégias sociais, políticas e culturais definidas”.

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