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Fotógrafo paraense premiado, Paulo Jares falece no Rio de Janeiro

O fotógrafo trabalhou nos jornais A Província do Pará, Jornal do Brasil e na revista Veja

Redação Integrada de O Liberal

O fotógrafo paraense Paulo Jares faleceu na última segunda-feira (19), no Rio de Janeiro. O profissional foi muito conhecido pelo trabalho contemporâneo na fotografia com participações no Arte Pará, Bienal de Fotojornalismo Brasileiro, promovida pela Fundação Bienal de São Paulo, Uma Década de Arte Contemporânea, no IBEU, e o VII Salão de Arte Moderna da Bahia.

Jares, que nasceu em 1968, teve passagens pelo jornal A Província do Pará (1986 - 1989), pelo Jornal do Brasil (2002) e pela revista Veja. Também realizou quatro exposições individuais em Belém e no Rio de Janeiro, entre elas "P&B e Cor", no Museu da República.

Paulo Jares esteve presente como fotojornalista em grandes momentos da história da Amazônia. Desbravando a realidade amazônica, que mistura as cidades e as florestas sempre tão próximas, conseguiu cenas icônicas enquadradas por suas lentes.

Em uma delas no ano de 1989, em Altamira, a índia Kayapó ameaçou com facão o diretor da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, durante protesto contra a criação da hidrelétrica de Kakarao, atual Belo Monte, durante o I Encontro das Nações Indígenas do Xingu.

O amigo íntimo e curador de parte do acervo de Jares, Paulo Santos, acredita que ele marcou a história da fotografia paraense. “O Jares deixa um exemplo de cara fuçador, que deixa o próprio caminho, com um belos trabalhos em temas amazônicos, indígenas, e um belo material artístico. Eu espero que as novas gerações possam conhecer o trabalho dele melhor”, destaca.

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