Festival Amazônia Mapping inicia programação no Museu do Estado do Pará
O Festival Amazônia Mapping é referência de arte e tecnologia no cenário das artes visuais brasileiro
Com dez anos de atividades, Festival Amazônia Mapping realiza mais uma edição a partir deste sábado (5), em Belém, e vai até domingo (6), no Museu do Estado do Pará (MEP). O museu funciona desde 1994 no Palácio Lauro Sodré, no Complexo Feliz Lusitânia. A programação é gratuita.
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De acordo com Tamyris Monteiro, diretora do MEP, o festival posui carcterísticas específicas, reconhecidas ao longo dos anos. “É um festival que propõe a união de várias linguagens e narrativas, proporcionando um diálogo entre essas expressões diversas, por meio de shows, performances artísticas e projeções mapeadas nos muros do nosso museu. Além disso, proporciona formação para produtos locais, e permite que coloquemos a Amazônia no centro do debate sobre preservação de bioma e nossa diversidade cultural. Estamos muitos felizes e animados pra receber um evento deste porte”, afirma a diretora.
Com o objetivo de unir poder cultural e inovação, o festival, que se destaca por suas projeções mapeadas em grande escala, propõe uma diversidade de conteúdos ao público. A ideia do evento é promover e difundir obras artísticas que interligam as artes visuais, a tecnologia e sua interação com o espaço urbano, tendo a Amazônia como protagonista.
Desde a primeira edição festival pretende ressignificar a paisagem urbana, trazendo arte para locais do cotidiano da população e estabelecendo diálogos com o ambiente e as narrativas locais. A programação inclui espetáculos inéditos, performances artísticas, projeções mapeadas de artistas nacionais e internacionais em locais emblemáticos, além de workshops formativos que fomentam a criatividade de artistas e profissionais da área.
A curadoria fica a cargo de Roberta Carvalho, artista visual, diretora artística e fundadora do Festival Amazônia Mapping. Como de costume, as exibições de video mapping ocorrerão do lado de fora do museu. A mostra conta este ano com obras do escritor e ativista Ailton Krenak ; da maranhense Ge Viana, do duo paulista VJ Suave em colaboração com Glicéria Tupinambá; dos paraenses Nay Jinknss, Matheus Almeida, Moara Tupinambá, Astigma VJ e Evna Moura.
Como parte da programação cultural, o interior do museu receberá sets de DJs convidados e projeções de desenhos feitos ao vivo (live painting digital) por artistas visuais locais. Além das projeções mapeadas, shows inéditos também ocorrerão nas duas noites, em diálogo com os artistas convidados.
O Festival Amazônia Mapping também tem fomentado encontros inéditos entre arte e público, recebendo cerca de 200 artistas e atraindo um público de mais de 50 mil pessoas. Em 2020, realizou uma edição totalmente online e ganhou a categoria "Inovação: Música e Tecnologia" na Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM SP), a maior feira do mercado de música da América Latina.
Depois de Belém, o festival seguirá para Alter do Chão, em 30 de setembro, na Paróquia Nossa Senhora da Saúde. O festival tem a realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal, idealização e produção da 11:11 ARTE. O projeto conta ainda com o patrocínio da Heineken e do Instituto Cultural Vale, através da Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet), da Oi, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Semear) via Governo do Pará, por meio da Fundação Cultural do Pará, e com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura. Para a realização desta matéria, as informações são da Agência Lema.