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Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes encerra com homenagem a Mestre Vieira

Além de debate sobre a vida e obra do mestre, a programação musical encerra com o primeiro grupo de Vieira, "Os dinâmicos", às 20h.

Bruna Lima / O Liberal

O último dia da 24ª Feira Pan- Amazônica do Livro e das Multivozes, neste domingo (5), foi marcado por homenagem ao Mestre Vieira, alta procura nos estandes e boas expectativas por parte da organização. A feira teve média de 10 mil visitantes por dia e o balanço completo será divulgado pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult).

O diretor de cultura da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), Junior Soares, considera que a edição 2021 da feira foi um sucesso, mas considerando que não tem como comparar com as edições passadas realizadas no Centro de Convenções do Pará- Hangar, já que a estrutura é maior e, consequentemente, tornava o evento maior também. 

"Mas fizemos uma boa escolha porque nós conseguimos criar uma área de retaguarda em decorrência da limitação do público. Nós estabelecemos o número de 1.500 na área do espaço expositivo e quando ultrapassa o público aguarda na arquibancada com segurança. Em outros lugares não teríamos essa possibilidade ", destacou Soares.

O dia de maior público foi no sábado (4). Segundo Junior Soares, muitas pessoas vieram do interior do estado, principalmente professores, para fazer o uso do Programa credlivro, iniciativa que permite que cada funcionário da rede estadual use o bônus de R $200,00 na aquisição de obras literárias.

Dentro do que foi possível realizar, Junior Soares acredita que encerra o evento com sucesso, pois em um momento de pandemia ele disse que foi possível contar com a parceria da população de entender a necessidade do uso da máscara, da vacinação e das demais formas controle sanitários. 

Com relação à inclusão, o diretor de cultura pontuou que o evento atingiu seu objetivo, pois recebeu um número considerável de pessoas com diversos tipos de deficiências. "Quem circulou aqui viu os espaços adaptados com rampas, intérprete de libras e visitas guiadas, ou seja, do que planejamos ela aconteceu com sucesso que esperávamos. A feira já é uma marca consolidada que já tem um público", completou Soares. 

Os livreiros e a economia local foram beneficiados, pois Junior Soares adiantou que houve uma vendagem expressiva e significou uma recuperação econômica para o setor, que também foi abalado pela pandemia. Alvaro Pontes, responsável por um dos estandes de livros, confirmou que a venda foi boa, pois como em todos os anos em que participou da feira sempre conseguiu realizar boas vendas e este ano, mesmo com restrições, não foi diferente.

"Nós estamos até com dificuldade de reposição de material, pois está acabando muito rápido. Estamos satisfeitos", declarou o expositor.

Homenagem a mestre Vieira

Na tarde de domingo, uma das programações interativas da feira foi o bate-papo "Guitarrada: patrimônio cultural de natureza imaterial do Pará", que reuniu a jornalista Luciana Medeiros, o músico Bruno Rabelo e o historiador Luis Antônio Guimarães.

Luciana explicou que completou 10 anos que a guitarrada se tornou patrimônio Imaterial do Pará e recordar esse tempo é necessário para que as pessoas despertem sobre a importância não só do artista, mas também do gênero musical para o estado.

Bruno Rabelo, que é músico e pesquisador, diz que a obra de mestre Vieira é vasta e com uma carreira de mais de 40 anos. "É uma história tão bonita na música do norte, de valorização da cultura nortista que sempre precisamos discutir a obra dele, discutindo a trajetória e vida artística . Ele é um dos maiores guitarristas brasileiros, ele criou uma linguagem para a guitarra, isso é algo muito difícil", diz Rabelo.

O professor  Luis Antônio Guimarães vem desenvolvendo um trabalho  com a Luciana Medeiros sobre o mestre Vieira e ele diz que tem muito a ver com a raiz local do mestre , que fala sobre a sua história de vida que poucos conhecem. Muita gente o conhece como música , mas sobre o viver dele local é pouco conhecido. Nós conseguimos levantar a história de vida da família dele, que é de origem portuguesa, nem ele mesmo sabia disso", destaca o professor.

E para finalizar a homenagem ao mestre, a programação musical da 24ª Feira Pan- Amazônica do Livro e das Multivozes encerra com o grupo Os Dinâmicos, o primeiro grupo do mestre Vieira, com participação do mestre Curica, às 20h.
 

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