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Feira do Livro fecha balanço e anuncia Dona Onete e Edyr Proença como os homenageados de 2022

A feira proporcionou a venda de 35 mil livros e cerca de 3,4 milhões foram injetados na economia paraense

Bruna Lima

A 24ª Feira Pan- Amazônica do Livro e das Multivozes terminou com saldo positivo. Mesmo diante de todas as restrições e cuidados, a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) considera que o evento foi importante e atraiu mais de 46 mil pessoas durante os cinco dias de atividades. Proporcionou a venda de 35 mil livros e cerca de 3,4 milhões foram injetados na economia paraense. Em 2022, os homenageados da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, será o escritor Edir Augusto Proença e a cantora Dona Onete.

A rainha do chamegado, Dona Onete, que além de cantora e compositora também é educadora e ser homenageada na Feira do Livro é representativo para a artista. “Eu fui pega de surpresa, mas fiquei muito feliz porque estou sendo homenageada em vida, podendo viver e participar desse evento tão bonito que é a Feira do Livro. Eu me senti lisonjeada quando recebi a notícia porque eu já cantei na Feira do Livro e ano que vem vou entrar como homenageada”, destaca a paraense.

Dona Onete deseja que no próximno ano o cenário seja melhor ainda para poder ter maior contato com o público. “Ano que vem, se Deus quiser, eu vou poder sorrir, poder falar todo esse sentimento que está no meu coração como professora, como cantora e como compositora”, completa a artista.

Quem também sente a mesma emoção é o escritor paraense Edyr Augusto Proença, que disse que é a primeira homenagem que recebe durante toda a sua trajatória. “Essa homenagem representa muito para mim, eu nunca fui homenageado e já escrevo há anos e tenho 17 livros lançados. E toda a minha obra fala de Belém e arredores, ou seja, do meu estado. Receber essa homenagem me deixou muito feliz”, disse o escritor.

Ele planeja para o próximo ano o lançamento do livro de contos e um livro com os textos de teatro.

A programação da Feira Pan-Amazônica buscou, além da inclusão, priorizar a acessibilidade, a valorização da tecnologia e das vozes da juventude. Cerca de 3,4 milhões foram injetados na economia paraense ao longo dos cinco dias de evento, que recebeu mais de 46 mil pessoas e proporcionou a venda de 35 mil livros.

"Essa foi uma feira do amor pela cultura e do cuidado com as pessoas. Foi um grande desafio realizar esse evento com as limitações exigidas pela pandemia, com menos estandes, menos pessoas, mas, ainda assim, proporcionamos que mais de 100 autores e autoras que, desde 2019, esperavam para conseguir lançar seu livro, pudessem estar aqui ao longo desses dias, encontrando com seus leitores, discutindo o fazer literário, vendendo seu livro e comprovando que o Pará é um estado leitor", ressalta a titular da Secult, Úrsula Vidal.

Cerca de 200 profissionais auxiliaram na organização da 24ª edição do evento, que contou com rígidos protocolos de segurança para prevenção da Covid-19, como a comprovação da cobertura vacinal completa (duas doses do imunizante), obrigatoriedade do uso de máscara, uso de álcool em gel e orientação para evitar aglomerações.

"Ressaltamos que 10% do valor dos 35 mil livros comercializados durante o evento serão destinados a bibliotecas públicas e comunitárias do estado para que a literatura, a leitura e a palavra, celebradas de uma forma tão potente durante esses dias, sigam sendo fortalecidas", diz.

Credlivro

O Governo do Estado disponibilizou, por meio da Seduc, o CredLivro - sistema de crédito de livros voltado para profissionais da educação. O crédito de R$ 200 foi disponível automaticamente para todos os professores efetivos e algumas classes de técnicos durante o período da feira. Quase R$ 4 milhões foram destinados ao incentivo e beneficiou 19.340 servidores. Cerca de 2.596 profissionais da Universidade do Estado do Pará (UEPA) também foram contemplados com a verba.

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