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Exposição virtual conta em imagens a trajetória do músico Sebastião Tapajós

Mostra tem curadoria de Vanessa Barros e abre nesta quarta-feira, 30

Redação Integrada

Traduzida em imagens, a trajetória musical de Sebastião Tapajós é tema de uma exposição fotográfica virtual. A mostra, que tem curadoria da fotógrafa Vanessa Barros e produção executiva da CRibas Soluções, abre nesta quarta-feira, 30, reunindo um total de 30 imagens, comentadas por artistas, músicos e parceiros de Tapajós, em um movimento de rememorar os fatos de sua carreira. A mostra pode ser conferida gratuitamente no site www.vanessabarros.com.br.

Por meio da fotografia, recortes de jornais e revistas, capas de discos entre outros documentos que identificam lugares, situações, relações de amizade e profissionais do músico, a exposição passeia por diversos momentos da carreira de mais de 60 anos do violonista Sebastião Tapajós. Um exemplo é a premiação de ‘Guitarra Criolla’, como melhor disco do ano em 1982, na Europa.

Há ainda registros de suas apresentações no Theatro da Paz, os encontros com Astor Piazzola, Gilson Peranzzetta, Ednardo, Belchior, Billy Blanco entre tantos outros nomes da música, fazem parte da história de Sebastião Tapajós. O violonista Igor Capela, o compositor Nilson Chaves, o maestro Nelson Neves, as cantoras Lucinnha Bastos e Jane Duboc; os produtores Carmem Ribas e Guilherme Taré, entre tantos outros amigos e parceiros, participam desse projeto, seja nas imagens ou por trás delas.

A exposição foi programada inicialmente para ser itinerante, mas por causa da pandemia o formato do projeto foi alterado. Vanessa Barros, curadora, é de Altamira, mas foi morar em Santarém, em 2014, onde estudou Direito, mas antes mesmo de se formar, passou a se dedicar à fotografia.

"Eu digo sempre que a fotografia me escolheu. E é muito difícil você morar nesta região e não se encantar e registrar essas belezas", diz Vanessa.

Casada com o pianista Andreson Dourado, parceiro do renomado violonista Sebastião Tapajós, acabou por se aproximar da estrela da mostra. Como Tapajós tem vasto acervo fotográfico dos seus mais de sessenta anos de carreira, logo veio a curiosidade em pesquisar, tratar e expor essas fotografias.

“Não tem quem não se encante com esse violão maravilhoso do Tião. Desde a primeira vez que eu o ouvi, foi assim. E com a proximidade que tivemos, por causa do Andreson, que toca com ele, acabei me interessando pela sua história. Descobri que ele tem amigos em cada canto desse país e do mundo. É muito incrível a sua trajetória”, diz Vanessa.

Sebastião Tapajós iniciou-se no violão ainda criança. Aos 12 anos, em 1954, passou a trabalhar como violonista, tocando na banda santarena “Os Mocorongos”.  Aos 16 anos,  veio para Belém, onde teve aulas particulares de Teoria Musical, até ir para o Rio de Janeiro fazer um curso intensivo de Técnica Violonística. Para seguir carreira, porém, já nos anos 1960, foi estudar violão na Europa. Em Lisboa consolidou o violão erudito ampliando seu repertório como compositor e em Madri, no Conservatório de Cultura Hispânica, dominou técnicas de guitarra latina. Em 1967, ele recebeu a cadeira de violão clássico do Conservatório Carlos Gomes de Belém, onde lecionou até julho de 1967.

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