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Espetáculo 'PositHIVos' transforma Teatro Waldemar Henrique em espaço de debate sobre HIV

As últimas sessões da peça vão correr neste sábado, 20, e domingo, 21, às 20h

Amanda Martins

O Teatro Waldemar Henrique, localizado no bairro da Campina, em Belém, tem sido palco da terceira edição do espetáculoPositHIVos”, produziu pela Companhia Teatral Musas. Na peça, o público é levado a mergulhar em narrativas reais de pessoas que convivem com o vírus da imunodeficiência, causadora da AIDS, trazendo reflexões sobre o estigma e a realidade desses indivíduos na sociedade. As apresentações iniciaram na última quinta-feira (18), e vão até neste domingo (21), sempre às 20h. Os ingressos estão sendo vendidos no local, nos seguintes valores: inteira por R$ 20, e, meia a R$ 10. A classificação da peça é de 16 anos. 

Kesynho Houston, diretor da peça, disse estar usando o teatro como ferramente para conscientizar e informar sobre o HIV/AIDS. Retornando para mais uma temporada, a peça, segundo ele, está mais amadurecida tanto tecnicamente quanto conceitualmente, estendendo a discussão sobre o vírus para além do Dezembro Vermelho - mês em que se comemora a conscientização para o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. 

As histórias apresentadas no espetáculo são todas reais, fruto de um ano de pesquisa e escuta pela direção. Por meio da atuação de Kesynho - que atua e dirige -, Safira Clausberg, Karla Noronha e Pedro Ribeiro, a peça é conduzida ora, para emocionar e sensibilizar, ora, para abordar o HIV de forma lúdica e informativa, sem perder a seriedade do assunto. 

"Essa abordagem teatral para tratar de HIV impacta profundamente quem assiste, pois as pessoas saem do teatro tocadas e atravessadas por tantas histórias de superação", destacou Kesynho. 

O público também é convidado a participar ativamente da peça, sendo muitas vezes a quinta pessoa a estar na cena, interagindo com os atores. “Estão recebendo  muito bem o espetáculo! A procura de jovens, e mães com seus filhos para o espetáculo está sendo um diferencial para esta temporada”, destacou o diretor. 

Para Safira Clausberg, uma das atrizes do espetáculo, participar da peça é mais do que um papel teatral; é uma oportunidade de expressar sua própria vivência como pessoa que vive com HIV. “O ‘PositHIVos’ tem o papel principal na minha vida de quebrar todo o estereótipo e preconceito que eu tinha sobre o tema”, compartilhou, acrescentando que participa desde a primeira temporada em janeiro de 2022.

Por meio do teatro, Safira encontrou um espaço para falar abertamente sobre sua sorologia, sem mede de julgamentos. A atriz reconhece o teatro como um agende humanizador, capaz de quebrar barreiras e promover a empatia entre as pessoas. 

"Quando eu levo as pessoas para dentro de um teatro para consumir informação junto com a arte, eu estou humanizando essas pessoas. Estou quebrando qualquer estigma, qualquer paradigma, qualquer preconceito que já foi criado na cabeça das pessoas”, enfatizou. 

Serviços

O espetáculo conta com o apoio do Grupo IST na Amazônia, que está realizando testes rápidos de HIV na entrada do teatro, e da ONG Arte Pela Vida, tem recebido doações para auxiliar pessoas que vivem com HIV há quase 25 anos. 

A peça tem apoio do Edital Tambatajá, do Governo do Estado do Pará, e do Teatro Experimental Waldemar Henrique.

AGENDE-SE!

Espetáculo ‘PositHIVos’

  • Data: do dia 18 a 21 de abril;
  • Horário: 20h;
  • Local: Teatro Waldemar Henrique;
  • Os ingresses estão sendo vendidos inteira a R$ 20, e, meia a R$ 10;
  • Classificação: 16 anos.

 

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