MENU

BUSCA

Erotismo feminino em exposição mostra reflexões sobre ausência e onipresença sexual

A paraense Tainá Maneschy traz à Belém sua mostra, que já passou por Lisboa, na Galeria Azimute.

Redação Integrada

A artista visual paraense Tainá Maneschy está de volta a Belém com trabalhos baseados na perspectiva da mulher. Dessa vez, ela traz na bagagem a exposição "A Falta", que retrata o erotismo feminino através de ilustrações que exploram a sensibilidade de momentos solitários de amor e desejo. A abertura acontece a partir de 18h do dia 23/12 com música do DJ Sidou na Galeria Azimute (Av. Gov Magalhães Barata, 62 - Nazaré). A mostra fica disponível para visitação no mesmo local até o dia 23/02/2020, sempre com entrada franca.

A exposição estreou em Lisboa (PT), onde Tainá reside. "A Falta" também já passou por cidades como Niterói (RJ), Recife (PE) e São Paulo (SP), chegando agora ao Pará para encerrar a passagem da obra pelo Brasil.

"É uma felicidade muito grande poder vir de longe pra expor meu trabalho em Belém. É a cidade onde nasci, onde mora minha família e vários amigos queridos. Além dessa questão pessoal, acredito que a mensagem subjetiva que esse tipo de arte carrega é importante para o momento do país e para a sociedade de modo geral. É gratificante trazer esse tipo de reflexão para o público", diz Tainá.

Ela também afirma que "A Falta" é um ato que reforça a presença feminina no universo erótico da arte. "É uma busca pela compreensão do contraste entre interações sexuais e espaços vazios. Uma viagem pelas vontades, memórias, dramas e sensações que movem a mulher em uma relação sexual. O prazer e o sentimento existem mesmo quando há uma ausência – e ambos independem de outra parte (ou pessoa) para existirem", continua.

Rede social e censura

Tainá faz parte de uma leva de artistas que viu no Instagram uma vitrine popular e democrática para expor seus trabalhos, dialogar com os espectadores e experimentar técnicas e temas. Entre eles, o erótico (historicamente sempre centrado em torno do espectador masculino), que renasceu em uma cena agora predominantemente feminina, onde a mulher é artista, participante e observadora dos processos.

"Mostro a perspectiva feminina porque a mulher também sente prazer, mulher também gosta disso", diz. Mas, infelizmente, para esse conceito se ver livre do que muitos artistas chamam de censura, ainda falta combinar algumas coisas com o Instagram e outras plataformas de publicação.

No começo do ano, sua conta no Instagram, que tinha cerca de 10 mil seguidores e até alguns admiradores famosos - como a cantora Céu, Djamila Ribeiro, a apresentadora Fernanda Lima e o rapper BNegão - foi deletada por “infringir os termos de uso”. Ela perdeu posts, contatos e seguidores. "Alguém deve ter me denunciado loucamente até derrubarem a conta", opina.

Agende-se

Exposição "A Falta", de Tainá Maneschy

Data: 23/12/2019 a 23/02/2020

Entrada franca

Local: Galeria Azimute (Av. Gov Magalhães Barata, 62 - Nazaré)

Cultura