MENU

BUSCA

Editora da Uepa leva 12 livros paraenses para a Bienal de São Paulo

Entre as obras expostas, estão os quatros livros da autora e professora Flávia Lucas, da série 'Ciências da Religião'

Emanuele Corrêa

A Bienal do Livro de São Paulo segue com programações até o próximo dia 10, quando encerra o evento. O Pará também está sendo representado no universo literário pela Editora da Universidade do Estado do Pará (Eduepa). Entre as obras expostas, estão os quatros livros da série "Ciências da Religião": "Caminhos da religiosidade", "Religião e Ecologia", "Religião e Cultura Visual no Brasil " e "Evangélicos e pentecostais - além de suas fronteiras na América Latina".

Para a professora Flávia Lucas, uma das autoras do livro "Religião e Ecologia", é importante ter livros da Editora da Uepa na Bienal do Livro, o maior evento da América Latina em divulgação literária. Ela acredita que o bioma Amazônia pode ser compreendido melhor a partir do compartilhamento dessas produções. "São vitais para a compreensão holística do Bioma Amazônia, que não se resume a fauna e flora. Muito pelo contrário, há interconexão e trans-escalas de mitos, ritos, crenças, política, danos, conflitos e diversidade de pessoas e biocultural", arguiu.

VEJA MAIS

Bienal Internacional do Livro vai até 10 de julho
Evento, que chega à 26ª edição, homenageia a literatura portuguesa e conta com presença dos autores Valter Hugo Mãe e Paulina Chiziane

Começou hoje, 02, a 26ª edição da Bienal do Livro de São Paulo
Programação segue até o próximo domingo, 10

Maurício de Sousa marca presença na 26ª Bienal Internacional do Livro; veja imagens
Escritor brasileiro revela novidades da Turma da Mônica

Fãs sentem saudade de Gilberto Gil após anos do último show em Belém
Últimos shows do artista ocorreram na Bienal da Música de 2002, na Aldeia Amazônica, e na Feira Panamazônica do Livro, em 2010

Questionada sobre a série de livros, a pesquisadora destaca as temáticas abordadas, entre elas, a natureza e a religiosidade. "As abordagens integram conhecimentos tradicionais com plantas em contextos de espiritualidade e cura, a natureza como sagrada e os ambientes em que os fenômenos religiosos acontecem; além de tradições bíblicas. Há também considerações importantes da política nacional com os grupos religiosos e o protagonismo ecofeminista", declarou.

Para a autora, expor em São Paulo, no contexto de um dos maiores eventos literários da América Latina, também dá visibilidade a outros escritores e pesquisas paraenses lançadas pela Eduepa. "'Religião e Ecologia' mostrará como a Editora Eduepa atua em ampla diversidade de temas que subsidiam debates abissais pela causa amazônica. A obra em questão leva ao público os resultados de pesquisas desenvolvidas com grupos de trabalho que atuantes na região. E que desejam levar conhecimentos a leigos e especialistas na perspectiva do pensamento global e transformador", pontuou.

A Eduepa está presente no stand coletivo da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU), expondo livros mais recentes sobre as pesquisas realizadas dentro da Uepa. Ao todo, 12 títulos publicados serão expostos até o final do evento.

A professora Joelma Alencar, coordenadora do Núcleo de Formação Indígena (Nufi) da Uepa é uma das autoras da coletânea “A Produção do Conhecimento em Contextos Indígenas”, que também será divulgada no evento. "O poder de alcance da Bienal do Livro promove uma diversidade maior para socialização desses conhecimentos que provém da nossa região, possibilitando maior visibilidade de produções literárias que divulgam novas epistemologias", finalizou dando destaque a temática.

Paulina Chiziane participa da Bienal e é um dos destaques deste ano

 

A escritora moçambicana Paulina Chiziane é um dos destaques da Bienal do Livro de São Paulo. Na Arena Cultural a escritora irá participar de um bate-papo hoje, 5, das 16h às 17h30. Chiziane foi a primeira mulher africana a receber o Prêmio Camões de Literatura, em 2021.

"Balada de Amor ao Vento" foi a primeira obra de Paulina, publicada em 1990. Seus livros abordam a realidade de ser mulher em Moçambique, bem como retrata os costumes, cultura e ancestralidade. O livro mais recente foi lançado em 2017, intitulado "O canto dos escravizados". Entre seus livros mais famosos está "Niketche: uma história de poligamia", publicado em 2002, que a consagrou como escritora.

Cultura