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Dia Mundial do Rock: saiba as origens do gênero e como está o cenário paraense

A Redação Integrada de O Liberal entrevistou Jayme Katarro, empresário e músico da banda Delinquente e o pesquisador musical e criador do programa "Balanço do Rock", Beto Fares, sobre o cenário do Rock no Pará

Emanuele Corrêa

Hoje, 13, é o Dia Mundial do Rock, data que celebra o gênero musical, o cenário artístico e o mercado do Rock como um todo. A data é criação brasileira, inspirada no Festival Live Aid, que reuniu 40 artistas na Inglaterra e nos Estados Unidos simultaneamente na mesma data, em 1985. A Redação Integrada de O Liberal entrevistou Jayme Katarro, empresário e músico da banda Delinquente e o pesquisador musical e criador do programa "Balanço do Rock", Beto Fares, sobre o cenário do Rock no Pará.

O músico da banda Delinquentes, Jayme Neto, conhecido como "Jayme Katarro", conta que a banda está na estrada desde 1985 e iniciou no cenário na segunda geração do movimento punk, em Belém. Sobre o gênero musical, ele diz que o Rock and Roll não para e não morre. "Sempre considerado uma montanha russa, com seus altos e baixos. Mas está sempre vivo, porque ele respira e sobrevive por fora dos caminhos das modas e tendências momentâneas. E ainda bem. Enquanto tiver um jovem querendo pegar um instrumento, ou soltar sua voz num palco, o estilo sobreviverá", disse o músico.

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O fortalecimento do Rock and Roll paraense

O produtor e pesquisador musical, Beto Fares, atua desde 1980 na cena artística musical e é responsável pela divulgação e descoberta de novos artistas, com o programa da Rádio Cultura "Balanço do Rock". "A Partir de 1990, o Projeto Balanço do Rock, programa da grade da Cultura Fm, passou a dar voz a essa vigorosa cena produzindo tapes, gravando shows e mostrando toda a essa produção fértil, firmando compromisso com a difusão e a circulação desses artistas", pontuou.

Fares conta que iniciou na música, inspirado nos irmãos mais velhos e que chegou a tocar na noite por quatro anos. Com trabalho solo e em dupla. O Rock surgiu como interesse natural da idade, contou.

O Rock and Roll surgiu no fim da década de 1950 e se somou a estilos como Blues, Country e Jazz.  Beto relembrou as origens do gênero e contou sobre o movimento no Brasil. "Acredito que o rock tem raízes no blues que somaram a outros estilos. Assim como a língua, a arte é movimento, evolui e incorpora as informações do tempo, assim foi com o rock que absorve, funde e segue para formatar o que conhecemos hoje", disse.

"A força artística de dois ícones do gênero, Chuck Barry e Elvis Presley, levou a informação rock e, acredito os Beatles popularização definitivamente o gênero no mundo fazendo jovens dos mais distintos continentes. Aqui no Brasil não foi diferente, ainda nos anos 1950, a nova onda ganhou contornos ancorados em nomes famosos. Nora Ney, Moacir Franco e Cauby Peixoto emprestaram prestígio para implementação do rock. A Jovem Guarda popularizou, a Tropicália deu conteúdo e o BRock, o prestígio", completou.

No Pará, o produtor musical diz que não foi diferente. Um pouco mais tarde, em 1980, o Rock nacional e a popularização do Heavy Metal, ganharam visibilidade com bandas paraenses. "Bandas como Mosaico de Ravena, Álibi de Orfeu, Insolência Públika, Delinquentes ou Jolly Joker vieram pavimentando caminhos para a profissionalização e reconhecimento. De lá pra cá passamos por vários momentos, entre eles o reconhecimento do ambiente sonoro amazônico e letras mais relacionadas ao nosso cotidiano. Nisso se vão décadas de trabalho que se mantém ativo graças ao brado punk 'faça você mesmo'. Os novos grupos de bandas/artistas/ compositores criam ambientes que possam  se mostrar e agregar seus pares", finalizou.

 

Curiosidades sobre o Dia Mundial do Rock:

  1. Uma curiosidade que envolve a data é que, apesar de se dizer "Mundial", a data é comemorada apenas no Brasil.
  2. A data surgiu da ideia de radialistas de duas rádios brasileiras em 1990, que propuseram aos fãs de Rock a data como "Dia Mundial do Rock", fazendo referência ao show "Live Aid", em 13 de julho de 1985, com shows simultaneamente em Londres (Inglaterra) e Filadélfia (Pensilvânia, EUA), que tinha o objetivo de arrecadar fundos para uma ação de combate à fome na Etiópia (África). Com 16 horas de shows e mais de 20 atrações em cada cidade, o festival foi um sucesso. Phil Collins declarou que a data deveria ser considerada o Dia Mundial, mas foi o Brasil que comprou a ideia. Inclusive, o artista se apresentou em Londres e na Filadélfia e viajou de Concorde - avião supersônico - para se apresentar em ambos os shows.

Fonte: Deezer Blog / Letras.mus

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