Daniel Leite e Kenji Ichihara lançam obras na Uepa

O jornalista e escritor paraense Daniel Leite lança sua primeira produção literária solo “Micronarrativas do Esquecimento”, nesta quarta-feira (29), entre 14h e 17h, no anfiteatro do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade do Estado do Pará. O evento também terá o lançamento do RPG “Batalhas Amazônicas” do projeto Toypasser, do artista Kenji Ichihara, via Lei Aldir Blanc da Secretaria de Cultura (Secult) do Estado do Pará.

Daniel Leite explica que este livro é resultado de uma pesquisa que ele realiza desde 2014, que começou com uma performance literária, para a qual ele foi para as ruas de algumas cidades do país como Belém, Recife e Rio de Janeiro, entre outras. Nesses espaços, ele levava uma máquina de escrever e conversava com pessoas que estivessem disponíveis a falar sobre alguma memória.

"Com o relato delas eu fazia uma micronarrativa e depois, já em casa, passava para a outra fase do projeto, que é o fotopoema", explica Daniel, que chegou a fazer uma exposição com o material do fotopoema. "Depois da performance e depois da exposição eu percebi que ainda faltava mais uma fase, que era o livro", pontua o escritor.

O livro é uma reunião das três linguagens: a literatura, a performance e a fotografia, que reúne 80 fotopoemas coletados de voluntários. "O livro é resultado do que eu acredito com a literatura, pois a literatura precisa do outro para existir e quando digo outro não é apenas me referindo ao leitor. Cada pessoa carrega um livro dentre de si", destaca o escritor.

“Micronarrativas do Esquecimento” é a terceira obra de Daniel Leite, as duas primeiras ele fez em parceria com outros autores. “Estou muito feliz pela oportunidade de lançar este livro que está sendo produzido há aproximadamente sete anos” completou.

Batalhas Amazônicas

Além da obra de Daniel, também será lançado o projeto do RPG “Batalhas Amazônicas” do artista Kenji Ichihara. O projeto nasceu em 2019 a partir de diálogos sobre a produção em nanquin do artista Kenji com elementos de jogos de tabuleiro e da cultura nipônica.

A partir desta percepção e da possibilidade educacional por meio do diálogo com a tecnologia de impressão 3D com apoio da Rede de Incubadoras (RITU) da Uepa, a obra ganhou forma e foi sendo desenvolvida após a aprovação em edital da Lei Aldir Blanc da Secult.

“Como idealizador e diretor de criação do projeto meus esforços foram para elaborar e criar um produto acessível ao público e o processo foi basicamente fazer arte, pesquisar, conhecer pessoas maravilhosas, aprender coisas novas sobre, por exemplo, modelagem e impressão 3D e gameficação, além de que foi uma excelente oportunidade de experimentar o fazer artístico na prática e retribuir o incentivo do Governo do Estado e, acima de tudo, poder contribuir com a cultura local. Portanto, como o jogo é físico, interativo e literário acredito não ter um lugar melhor para doar do que as bibliotecas públicas do estado. Me agrada a ideia do produto estar acessível para quem quiser”, comentou Kenji Ichihara.