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Do Pará para Cannes: figurinista estreia no maior festival de cinema do mundo

May Progene celebra sua estreia no Festival de Cannes com figurino de filme exibido na Quinzena de Cineastas.

Bruna Dias

A paraense May Progene teve seu primeiro filme exibido no 78° Festival Internacional de Cinema de Cannes, nesta quarta-feira (14), na França. “Ponto Cego”, dirigido por Luciana Vieira (Ceará) e Marcel Beltrán (Cuba), mostra a rotina de uma mulher que trabalha como engenheira de redes em um porto de cargas no Ceará. Marta Moreira, interpretada pela atriz Ana Luiza Rios, é uma das poucas mulheres no local. Por conta disso, ela precisa lidar com relações de trabalho autoritárias e machistas, em uma narrativa sobre como, em alguns ambientes masculinos, não há abertura para a inteligência feminina.

“Os figurinos do filme partiram de uma pesquisa sobre o dia a dia de um porto de cargas, sendo o mais realistas e verossímeis possível. Uniformes de segunda, mas que ao mesmo tempo pudessem passar a personalidade, os traumas e as dificuldades de cada personagem. Apesar de estarem ‘uniformizados’ como funcionários de um porto, cada um tinha uma história de dor e opressão para comunicar, e esses pequenos movimentos de personalidade precisavam estar impressos nos figurinos”, explica a figurinista.

“Ponto Cego” integrou a Quinzena de Cineastas, mostra paralela do Festival de Cannes, com a exibição de quatro curtas-metragens produzidos no projeto Directors’ Factory Ceará Brasil. O programa retorna à América Latina após dez anos, com foco na formação profissional de jovens realizadores, em uma perspectiva de internacionalização da produção audiovisual regional.

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“É meu primeiro filme em Cannes. Me sinto muito privilegiada com a oportunidade de mostrar o meu trabalho e entrar em um meio tão concorrido e competitivo, que é o dos festivais internacionais, sendo este um dos mais importantes. A produção ocorreu no mês de fevereiro, em Fortaleza. Foi um período de muita criação com os produtores internacionais e os diretores de outros países — uma troca de experiências muito rica e um set bilíngue”, comemora May.


Além de “Ponto Cego”, participaram da Quinzena de Cineastas as obras: "A Fera do Mangue", codirigido por Wara (Ceará, Brasil) e Sivan Noam Shimon (Israel); "A Vaqueira, a Dançarina e o Porco", uma colaboração entre Stella Carneiro (Alagoas, Brasil) e Ary Zara (Portugal); e "Como Ler o Vento", realizado por Bernardo Ale Abinader (Amazonas, Brasil) e Sharon Hakim (França/Egito).

May Progene tem mais de sete anos de experiência como figurinista. Ela trabalha no mercado voltado para filmes e séries, e já assinou trabalhos em: "200 Anos de Independência" (2022), "Tá Roxeda" (2023), "Só no Sertão" (2023) e "Milagre do Destino" (2025), todos disponíveis no Globoplay.

 

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