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Curta-metragem paraense e filmes egípcios estão em mostras on-line gratuitas nesta quarta-feira

Mostra “Curta Olympia” tem segunda estreia nesta quarta-feira, com o filme “Meu Tempo Menino”, de Emanoel Loureiro

Lucas Costa

Com o fim da pandemia ainda imprevisível, não teve outro jeito para o cinema se não a presença on-line - duramente criticada por cineastas tradicionais que defendem a experiência de assistir aos filmes em tela grande, nas salas de cinema. Isto não quer dizer que é o fim das salas de exibição, mas por enquanto, a sétima arte deve seguir acompanhando seus amantes em casa.

Em meio a este cenário, o cinema de rua mais antigo em funcionamento do Brasil, também optou por retomar suas atividades no ambiente virtual. Na última quarta-feira (22), o Cine Olympia retomou sua mostra de curta-metragens, desta vez adaptada ao on-line.

A mostra “Curta Olympia On-line” disponibiliza um novo curta metragem a cada quarta-feira, por meio de links disponibilizados nas redes sociais do Olympia (Facebook, Instagram e Twitter). Nesta quarta (29), estreia na mostra “Meu Tempo Menino”, de Emanoel Loureiro.

O filme produzido em Santarém, conta o encontro de dois garotos amazônidas que iniciam uma amizade marcada por situações inusitadas. Entre os prêmios, recebeu o de melhor curta de ficção paraense no Funtelpa Curta Cultura, em 2010.

O crítico de cinema e programador do Cine Olympia, Marco Antonio Moreira, diz que o critério para a curadoria dos filmes na versão on-line da mostra é o mesmo da presencial: uma seleção de curta metragens de boa qualidade, prioritariamente paraenses; mas também levando em consideração a produção nacional e até mesmo internacional. 

"É importante reforçar para o espectador a importância desse formato. Eu gosto muito dos curta metragens, mas entendo que a maioria desses curtas metragens são desconhecidos do grande público. Esses curtas ficam mais vinculados aos festivais, e por alguma razão, difícil de definir, não causam tanta curiosidade do espectador. Mas o formato é extraordinário, sempre foi muito interessante acompanhar”, destaca.

Cinema Egípcio Contemporâneo

Outro cinema físico que optou pelas mostras on-line com a pandemia foi o do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Nesta quarta-feira (29), estreia a primeira mostra de filmes totalmente on-line da instituição, a “2ª Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo”. As exibições seguem até 23 de agosto, pelo site cinemaegipcio.com. Os ingressos são gratuitos.

A mostra apresenta uma seleção de 24 títulos feita pelo produtor e curador Amro Saad, egípcio naturalizado brasileiro. São obras realizadas entre 2011 e 2019 que revelam a nova geração de cineastas egípcios em documentários e ficções de diversos gêneros – da comédia ao terror.

As produções vão desde premiados sucessos comerciais a filmes experimentais independentes que abordam temas antes pouco debatidos, de forma direta ou através de metáforas. Além da exibição diária dos filmes, serão realizados workshop, palestra e debate com diretores. A sessão especial de abertura será com o documentário “Para onde foi Ramsés?”, terá um debate com o curador e o diretor Amr Bayoumi e um show da banda Mazaher, que fez a música do filme, tudo transmitido diretamente do Cairo.

A programação completa da mostra estará disponível gratuitamente, basta fazer um cadastro com o número do CPF. Todos os dias serão exibidos dois filmes. Cada filme passa duas vezes, em horários e dias diferentes. Serão realizadas sessões inclusivas (com legenda descritiva ou audiodescrição) e a apresentação da abertura terá tradução para libras.

Entre os destaques da mostra estão o filme de terror “O elefante azul 2” (2019), de Marwan Hamed, o maior sucesso de bilheteria da história do cinema egípcio; documentário “Joana d'Arc Egípcia” (2016), de Iman Kamel, que discute as experiências das mulheres egípcias após a revolução de janeiro de 2011; a comédia “Como um palito de fósforo” (2014), de Hussein Al Imam, que homenageia as grandes estrelas da Era de Ouro do cinema egípcio; e “Eu tenho uma foto” (2017), documentário de Mohamed Zedan que conta a história do cinema egípcio através da trajetória de Motawe Eweis, figurante que trabalhou em cerca de mil filmes, desde os anos 40 até hoje.

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