Cine Líbero Luxardo recebe II Mostra Pan-Amazônica de Cinema

Evento gratuito exibe produções da Amazônia e de países vizinhos entre 11 e 16 de novembro, em Belém.

Gustavo Vilhena*
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A população paraense e os visitantes que estão em Belém terão uma semana movimentada de atividades culturais. Entre as opções, o Cine Líbero Luxardo, localizado na avenida Gentil Bittencourt, no bairro de Nazaré, recebe, de 11 a 16 de novembro, a II Mostra Pan-Amazônica de Cinema. O evento é gratuito e apresenta produções que retratam diferentes perspectivas da Amazônia e da América Latina.

A programação inclui filmes como Boiuna, Não haverá mais história sem nós, La Fortaleza (Venezuela) e Rio Rojo (Colômbia), entre outros títulos que estimulam reflexão sobre a cultura e as realidades amazônicas.

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Abertura tem filmes paraenses e homenagens à Amazônia

A mostra será aberta nesta terça-feira (11), às 19h, com duas produções paraenses que exploram diferentes olhares sobre a região — da Amazônia ancestral à Amazônia urbana. O evento inicia com o curta Boiuna, de Adriana de Faria, vencedor de três Kikitos no Festival de Gramado 2024 (Melhor Direção, Melhor Atriz e Melhor Fotografia), e o longa Não haverá mais história sem nós, dirigido por Priscila Brasil.

Filmes de vários países integram a programação

A partir de quarta-feira (12), as sessões ocorrem diariamente a partir das 16h, com exibições de curtas e longas seguidas de debates. Entre os destaques internacionais estão La Fortaleza (Venezuela), Kaawaï Na Ana, la levée du deliu (Guiana Francesa) e Rio Rojo (Colômbia), todos inéditos no Brasil.

Segundo o curador Bruno Vilella, a proposta da mostra é valorizar o audiovisual produzido na própria região amazônica. “Nada de fora, sobretudo porque o cinema produzido hoje é muito mais reflexivo e decolonial. Deixamos de fazer aquele cinema distante ou de negação das questões culturais da Amazônia. Por isso, escolhemos filmes que refletem outras formas de viver, pensar e sentir a região”, explicou.

Mostra reforça o cinema como instrumento de expressão

O também curador Gustavo Soranz destacou que o evento busca transformar o espaço em um ponto de encontro e reflexão sobre os modos de vida amazônicos. “Nossa proposta foi realizar um evento que fosse um espaço de encontro, visibilidade e reflexão sobre os modos de vida, cosmologias, memórias e desafios que atravessam os territórios amazônicos a partir das obras audiovisuais produzidas na região. A mostra nasce da necessidade de fortalecer o cinema como instrumento de expressão crítica e de afirmação das múltiplas Amazônias — indígenas, negras, urbanas, ribeirinhas, periféricas, fronteiriças e insurgentes”, afirmou.

Para Soranz, o cinema regional tem papel essencial na valorização da diversidade cultural e das relações entre natureza e sociedade. “Acredito que a Amazônia reúne grande diversidade ontológica, que revela diferentes modos de perceber a relação entre natureza e cultura, entre floresta e cidade, entre tradição e modernidade, entre o visível e o não visível. O cinema é um meio privilegiado para expressar tais questões. Acredito que a novidade do cinema brasileiro está no Norte do país, na Amazônia — e o mesmo pode ser dito do cinema latino-americano”, concluiu.

(*Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador do núcleo de Cultura)

 

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