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Boi Vagalume, do bairro da Marambaia, busca se tornar instituto como Arraial do Pavulagem

O Boi Vagalume da Marambaia, há 13 anos, também preta serviços culturais e atualmente está em processo de regulamentação para se tornar também uma Instituição

Emanuele Corrêa

Um instituto cultural desempenha um papel de intermediador e facilitador dos processos que ocorrem dentro das manifestações culturais com a população. Este é só um dos seus destaques, pois, a partir da formalização, é possível utilizar a razão social para concorrer a editais, captar recursos, entre outros. O Instituto Arraial do Pavulagem é um exemplo de entidade que fomenta a cultura popular há 36 anos. O Boi Vagalume da Marambaia, há 13 anos, também presta serviços culturais e atualmente está em processo de regulamentação para se tornar também uma Instituição.

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Inspiração e fomento

O Instituto Arraial do Pavulagem atua há 36 anos na preservação da cultura de bois e das oralidades Amazônicas. Ronaldo dos Santos Silva, 65 anos, é formado em Ciências Sociais e além de fundador, atualmente é presidente do Instituto Arraial do Pavulagem, para ele que conta o que motivou o grupo a transformar a brincadeira de boi e algo formal. "Já estou há 36 anos colaborando com esse sonho de valorização, fomento e difusão da Cultura Brasileira praticada em nossa região. Sou um dos fundadores da BriNcadeira e do Instituto. Com a criação das Leis de incentivo à cultura foi necessária essa ferramenta jurídica para acessar as mesmas nas esferas Municipal, Estadual e Federal', disse Ronaldo.

Questionado sobre quais os trâmites passaram na época e qual seria o conselho que dariam para quem deseja se tornar uma pessoa jurídica, diz: "elaboração do estatuto, escolha de uma Diretoria. Cartório. CNPJ, etc. Meu conselho para quem deseja trabalhar com essa ferramenta jurídica é ter um coletivo organizado, focado nas metas planejadas e pré- estabelecidas e, principalmente, determinação no cumprimento das etapas de execução das ações propostas", orientou.

Ronaldo também esclareceu o que muda, de fato, enquanto manifestação, ao se tornar instituto. "A criação do Instituto Arraial do Pavulagem possibilitou que essa experiência, essa vivência pudesse aprimorar a cada ano nosso processo de fortalecimento identitário da nossa região, através dos compartilhamento de saberes e fazeres dos nossos mestres de culta", pontuou.

"Realizamos três cortejos de Cultura ao longo do ano, temos em junho o 'Arrastão do Boi Pavulagem', que reúne nas oficinas cerca de 800 brincantes; temos em outubro o 'Cortejo do Círio' que reúne cerca de 600 brincantes e temos o 'Cordão do Galo', que acontece em janeiro no município de Cachoeira do Ararí, na Ilha do Marajó e lá reunimos 300 crianças", finalizou.

Ronaldo disse que pensar na história do Arraial do Pavulagem traz emoção. "O Arraial é uma escola sem paredes", disse.

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