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As memórias do olhar de Geraldo Ramos em exposição no Banco da Amazônia

'Paisagens da memória - trajetórias de um olhar' abre nesta terça-feira, apresentando recorte da pesquisa de Madalena Felinto

Lucas Costa
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Um acervo fotográfico construído ao longo de 45 anos, e encontro com um olhar da arquivologia, constituem a exposição “Paisagens da memória - trajetórias de um olhar”. A mostra reúne 31 fotografias do arquivo de Geraldo Ramos, sob curadoria de Emanuel Franco, e será aberta nesta terça-feira, às 18h30, no Espaço Cultural Banco da Amazônia (Av. Pres. Vargas, 800). A visitação segue até o dia 14 de junho.

A exposição fotográfica se apresenta como um recorte de uma pesquisa acadêmica realizada por Madalena Felinto. “Uma poética no arquivo do artista: o contínuo desdobrar das paisagens da memória de Geraldo Ramos” é título do estudo realizado por Madalena, que conta ter feito diversas pesquisas em arquivologia até se deparar com o trabalho de Geraldo.

“Eu tenho um trabalho com arquivo há pelo menos 20 anos, passei a trabalhar no ramo da literatura até chegar no campo da imagem. Nesse meio tempo é quando conheço o trabalho do Geraldo, na década de 1990, e aquilo me impressionou muito. Eu era estudante e muito nova, mas acompanhava os estudos sobre visualidade, e percebi no trabalho dele esse contato com a Amazônia diferenciado, porque era uma região apagada no campo das artes”, relembra a pesquisadora.

Foi então quando Madalena passou a se debruçar sobre o trabalho desenvolvido por Geraldo, o qual descreve como uma Amazônia do caboclo, sempre mostrando muito chão e água. A pesquisa sobre os arquivos do fotógrafo já renderam diversas produções acadêmicas, desde publicações até outras exposições; e atualmente os dois trabalham na elaboração de um livro.

Sobre a premiação que resultou na exposição no Espaço Cultural Banco da Amazônia, a pesquisadora acredita ser uma constelação de seu trabalho com o de Geraldo. “Acredito que esse prêmio do Banco mostra uma constelação dos trabalhos, entre o meu de 20 anos como pesquisadora e os 45 de trabalho do Geraldo, que misturam os trabalhos profissionais e os pessoais”, descreve.

Madalena explica ainda que a exposição, apesar de se apresentar como um recorte de sua pesquisa acadêmica, não é um recorte temporal ou organizacional do acervo de Geraldo, mas uma seleção de imagens baseada nas memórias afetivas dele.

“Embora eu conheça o arquivo, trato de uma arquivologia clássica e cronológica; a proposta era de que a gente bagunçasse. A proposta foi pensar que, apesar das imagens serem de uma organização arquivística, ela é, de certa forma, um espraiar e um desdobramento a partir da memória afetiva do indivíduo”, justifica.

Serviço:

“Paisagens da memória - trajetórias de um olhar” 

Abertura: 16/4, às 18h30

Local: Espaço Cultural Banco da Amazônia (Av. Pres. Vargas, 800)

Visitação: até 14/6, de segunda à sexta-feira, de 9h às 17h

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