Arthur Nogueira faz shows de estreia de álbum 'Brasileiro Profundo', em Belém

Paraense apresenta canções de seu disco mais recente, lançado em fevereiro junto a um livro homônimo

Lucas Costa
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“É muito simbólico estrear aqui, porque o álbum começa aqui”, celebra Arthur Nogueira sobre o show “Brasileiro Profundo”, que apresenta em Belém nesta quinta e sexta-feira, dias 5 e 6. O show marca o lançamento de livro e álbum homônimos, projetos mais recentes do cantor e compositor paraense.

As apresentações serão no Teatro Experimental Waldemar Henrique (Av. Pres. Vargas, 645 - Praça da República), sempre às 20h. Os ingressos custam R$ 30, disponíveis no Sympla.

Esta é a primeira vez que Arthur Nogueira sobe ao palco para cantar o repertório de “Brasileiro Profundo”, disco lançado em fevereiro deste ano. Depois do celebrado “Rei Ninguém" (2017), agora Nogueira prossegue seu trabalho musical focado nos cruzamentos entre a poesia e a canção popular.

É em “Brasileiro Profundo" que Nogueira também mergulha novamente em águas amazônicas, e vem daí também a satisfação de estrear um novo trabalho em casa.

“A primeira canção, ‘Valente’, é como se fosse um resumo da minha própria história. Valente é o meu nome do meio, o nome da minha mãe. Minha mãe e minha terra, como tudo começa. Desde o ‘Rei Ninguém’, em 2017, eu não conseguia estrear um trabalho em casa. No videoálbum, o clipe de ‘Valente’ tem cenas minhas no meio do Rio Guamá e na Ilha do Mosqueiro. Passei em Mosqueiro todas as minhas férias de infância”, descreve o cantor.

Em “Brasileiro Profundo”, Nogueira apresenta 12 novas composições, escritas majoritariamente por ele mesmo, abrindo exceção para duas parcerias inéditas com importantes poetas-letristas da música pop brasileira: Antonio Cicero e Jorge Salomão.

"Brasileiro Profundo" teve suas faixas gravadas entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, sob a produção musical de Leonardo Chaves e com a participação de instrumentistas de diferentes lugares do Brasil. No show, Arthur se apresenta com uma banda reduzida, já que a ideia é sair em turnê pelo país.

“O show tem a participação do Leonardo Chaves, produtor do álbum ‘Brasileiro Profundo’; e do Jotapê, percussionista. Queria uma banda pequena, para poder circular pelo Brasil. Eles tocam vários instrumentos e, em algumas músicas, usamos trilhas do álbum, como baixo e elementos de percussão, para somar no ao vivo”, explica.

Uma celebração à poética da música brasileirA

Arthur Nogueira traz ao palco do Teatro Waldemar Henrique não apenas músicas novas, mas o resultado de um período de vivências com diferentes nomes da música brasileira, com quem esteve em estúdio nos anos entre seus dois discos autorais.

image Arthur Nogueira (Ana Alexandrino/Divulgação)

“Nos últimos cinco anos, entre o ‘Rei Ninguém’ e esse álbum, eu lancei singles, fiz shows dentro e fora do Brasil, produzi a Adriana [Calcanhoto] e a Fafá [de Belém]. Acumulei mais experiência de palco e estúdio. Penso que isso me deixa mais à vontade para arriscar agora, tanto no processo de composição quanto na produção musical”, explica Arthur, que também fala sobre os caminhos que percorre no trabalho mais recente.

“Nesse álbum, trabalho pela primeira vez com ritmos brasileiros, como samba e baião. Sinto como se o Brasil tivesse sido roubado de nós. Quero me aproximar do que temos de melhor, nossa diversidade, nossa cultura. A cultura é o que nos faz brasileiros. Um verdadeiro patriota respeita e ouve Paulinho da Viola e Caetano Veloso, por exemplo”, completa.

Projeto inclui livro de composições

“Brasileiro Profundo” é um projeto que vai além das gravações, e ele será todo celebrado nas noites desta quinta e sexta-feira. O livro de mesmo nome, que reúne as letras que Arthur escreveu ao longo de sua carreira como compositor, também estará disponível para venda no Teatro Waldemar Henrique, pelo valor de R$ 50. A obra inclui ainda o material inédito do álbum homônimo.

Arthur explica que o livro complementa o projeto porque, assim como seus outros trabalhos, o álbum “Brasileiro Profundo” preserva seu interesse em fazer da música uma plataforma de divulgação de grandes poetas e, portanto, de incentivo à leitura.

“O fascínio pela poesia foi determinante em todas as minhas escolhas artísticas. Eu tinha mais ou menos 13 anos quando descobri, mexendo na estante de discos do meu pai, a canção popular escrita por poetas, que é comum no Brasil como em nenhum outro país do mundo. Vinícius foi quem escancarou essa porta, colocando-se a serviço da música com o mesmo rigor e a mesma paixão dedicados à carreira literária. Portanto, mesmo quando eu componho letra e música sozinho, tudo o que aprendi de poesia, tudo o que li de poesia, mostra-se determinante no trabalho”, garante.

“Brasileiro Profundo” conta ainda com um videoálbum, com um tempo total de cerca de 30 minutos. O projeto foi realizado pelo cineasta Vitor Souza Lima. Nele, todas as canções do álbum se desdobram em videoclipes, ilustrando os caminhos da trajetória artística de Arthur Nogueira, que em 2020 contabilizou 15 anos de música.

Gravado em Belém, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, o projeto teve como prévia do os clipes: "Valente", gravado nas ilhas do Mosqueiro e Combu, na região metropolitana de Belém, incluindo cenas de arquivo em Berlim; e "Voo e mansidão", vídeo pelo qual os versos de Arthur Nogueira encontram cartões-postais de São Paulo, o Edifício Copan e o Elevado Presidente João Goulart, popularmente conhecido como Minhocão.

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