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Arte Pará inicia ciclo de palestras para formação de mediadores do salão de 2022; vídeo

Primeiro encontro teve presença das artistas Moara Tupinambá e Naya Jinknss, selecionadas do salão

Lucas Costa

O Salão Arte Pará 2022 iniciou na manhã de sábado, 30, um ciclo de palestras para a formação de mediadores para as mostras deste ano. O encontro, realizado no auditório do prédio da TV Liberal, teve como tema “Mediação para a arte contemporânea: possibilidades metodológicas”, palestra ministrada por Vânia Leal, curadora educacional do Arte Pará.

O circuito de seis palestras, que serão realizadas sempre aos sábados, serve para instruir e selecionar um total de oito mediadores, que trabalharão nos museus que o Arte Pará deve ocupar. O primeiro encontro contou ainda com a participação das artistas Moara Tupinambá e Nay Jinknss - ambas selecionadas em um dos editais do salão.

Billy Andrade, estudante de Pedagogia da Universidade Federal do Pará, foi um dos participantes da palestra, e disse estar bastante animado com o conteúdo e também com a possibilidade de se tornar mediador do salão.

“Parece que eu estou sendo contaminado pela arte porque estamos nesse processo também que estamos criando uma exposição [na faculdade], e parece que eu estou cada vez mais querendo saber sobre isso também, sobre a arte. Então esse primeiro momento já foi esse momento de contaminação, estou vivendo a contaminação, essa inflamação”, descreve Billy.

Estudantes de diversos cursos ligados tanto à arte quanto à educação participam do ciclo de palestras de formação. Vânia Leal destaca a relevância deste leque de possibilidades para os curadores, e como o salão ganha com isso.

“Para os estudantes que participam dessa formação, o pré-requisito é que eles estejam cursando uma IES, uma uma instituição superior; e os cursos a gente trabalha numa forma interdisciplinar, pedagogia, museologia, cinema, artes visuais, sociologia, história, geografia. Até por conta de que a plataforma da arte contemporânea é muito híbrida, então ela discorre por várias questões, e trazer estudantes de outras áreas, não apenas de arte, enriquece diálogos no espaço positivo”, pontua.

Nay Jinknss, artista que participou do encontro, defendeu a necessidade do contato com os mediadores de exposição, assim como a formação que recebem do Arte Pará. “Eu acho que o trabalho de mediação de qualquer salão, quando ele é bem feito, é muito importante porque são eles que tratam com carinho o seu trabalho. Então é indispensável manter uma boa relação, conhecer, dar o máximo de informações possíveis. Pra mim, como artista, é muito fundamental”, explicou.

Moara Tupinambá também pontuou a importância da formação dos mediadores. “É muito relevante o contato do artista com os educadores, porque são eles que vão ser a ponte para conversar e falar um pouco sobre o trabalho do artista, do que significa o nosso trabalho; e conversar com eles acho que torna mais esclarecedor o que que nós queremos passar”, defende.

O Projeto Arte Pará 2022 é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, com patrocínio da faculdade Fibra, apoio institucional do grupo O Liberal e dos Institutos Inclusartiz e Pivô Arte e Pesquisa e é uma realização da Fundação Romulo Maiorana.­

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