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Andro Baudelaire une música, literatura e artes visuais em novo projeto

Tombadas ilhas” resulta em lançamentos de músicas que contam histórias e curiosidades de algumas ilhas do Pará

Bruna Lima
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Andro Baudelaire encontrou na arte uma forma descontraída e afetiva para resgatar e divulgar espaços, histórias e belezas naturais do estado, por meio de projetos que vem executando desde o ano passado. Tudo começou com o projeto “Tombados em nossos corações”, mas que agora já está em nova fase como “Tombadas ilhas”, este último resulta em lançamentos de músicas que contam histórias e curiosidades de algumas ilhas do Pará. Nesta terça-feira (26), o lançamento será “Praia do Cachimbo”, que fala da ilha de Mosqueiro.

Essa nova forma que Andro encontrou de registrar por meio das canções os “causos” e lendas da cidade começou com o projeto “Tombados em nossos corações”. Nessa primeira fase, ele colecionou alguns pontos que são marcantes, mas que nem todo mundo conhece. O primeiro trabalho foi relacionado a Casa Oblíqua, uma casa torta localizada na avenida da Tamandaré e que chama a atenção dos que passam pelo local pela condição que se encontra.

Nessa estreia, o cantor e compositor fez uma ficção em cima dessa situação usando a lenda da cobra grande. “Nessa composição a cobra grande mora debaixo da igreja da Sé, ela foi incomodada e se bateu. Com esse movimento, ela entortou a casa na Tamandaré. Apresentamos o videoclipe disso e o mais legal é que consegui entrar na casa para gravar”, explica o artista.

Outra obra que também faz parte da primeira fase do projeto é sobre a Sereia da rua Gurupá, na Cidade Velha. Para quem não sabe, é uma sereia que fica no bar De Bubuia. Nesse trabalho ele também fez uma ficção em torno desse monumento.

Depois de contar sobre essas lendas da cidade, o artista resolveu mudar um pouco o foco e criou o projeto “Tombadas ilhas”, que também parte da mesma ideia, sendo que agora ele transita por espaços além da capital paraense. No Marajó, ele resgata sobre a peculiaridade táxi de búfalo, o s quais os animais são usados pelos visitantes como transporte e que parece inusitado para muitos.

No material sobre a ilha de Afuá ele conta a história da galinha gigante, que é uma galinha que de madrugada pega os bêbados e de manhã as pessoas acordam com o ovo na mão.  A outra ilha é Cutijuba, que ele conta a história sobre as ruínas da penitenciária de Cutijuba. “E aí eu fiz uma história de amor sobre Diego Pinto que foi para prisão e está esperando a pessoa amada, que nunca chegou e o amor virou poesia no rio”, detalha Andro.

O novo lançamento, que vai retratar a ilha é Mosqueiro, Andro fala da Praia do Cachimbo e da Fábrica Bittar que é uma fábrica abandonada que fica na Praia do Areião. “Tem várias histórias em torno dessa fábrica e buscamos colocar alguns desses relatos nessa produção”, acrescenta o artista.

O processo de pesquisa foi usando recursos de ir a campo como também entrevistando pessoas que sabem das histórias desses locais. “Sou fascinado pela minha cidade, pela minha região, pelo meu estado e por tudo em volta dele. Sinto uma grande necessidade de expressar o quão rica é nossa cultura. Vejo os prédios e quero musicar eles. Já até fiz isso com o Ed. Margarida que fica ali no Umarizal. O próximo é o Edifício Uirapuru ali na Batista Campos do lado do cemitério da Soledade que já vai dar uma boa história de visagem. Enfim, eu enxergo arte, música e história nos azulejos daqui e sinto muita vontade de mostrar para todos”, diz o artista.

Junto com os lançamentos dos singles e videoclipes, o artista vem fazendo shows e também organizando exposição das artes de cada história feitas pelo artista Caio Vecchio. O material vai fica disponível até o final desta semana no Espaço Na Figueredo.

Um pouco da trajetória

Andro Baudelaire já está ativo na cena musical paraense há mais de 10 anos com as bandas Vinyl Laranja e The Baudelaires. Com as duas bandas já fez tour nacional e internacional e tocou em festivais como SXSW, no Texas. Andro também foi vencedor de um concurso internacional realizado em Miami pela companhia Miamishakes onde teve uma música escolhida para ser tema da temporada de Romeu e Julieta em 2019. 

Em 2016, o seu primeiro trabalho solo foi lançado, intitulado Sampleando Tchaikovsky, onde gravou e produziu faixas cantadas pela primeira vez em português.

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Cultura
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