Raça Negra vai mostrar em Belém porque é referência para gerações do samba
Grupo vai desfilar sucessos que marcaram os anos 90 e se tornaram ponto de partida para muita gente boa no samba, inclusive, em Belém
De norte a sul do Brasil, tem muita, mas muita gente que não abre mão do samba, um gênero que se espraia como uma grande raiz para fazer germinar outras vertentes que conquistam admiradores de todas as idades. Assim, aconteceu e acontece com o grupo Raça Negra, surgido em São Paulo nos anos 90 e que até hoje encanta multidões onde se apresenta, contribuindo com o surgimento de novos talentos pelo Brasil afora. Como é o caso dos sambistas Pirata Show e Rally do Samba, bem conhecidos da galera bamba em Belém, cidade que receberá no dia 14 de agosto, a partir das 21h, um megashow do Raça Negra em pleno Estádio Mangueirão, no bairro do Bengui. Além do Raça, outra atração será a apresentação do cantor e compositor Paulo Ricardo, ex-vocalista da banda RPM. Portanto, uma noite de muito samba, rock e baladas para todo mundo. Ingressos pelo site bilheteriadigital.com. O show faz parte das comemorações do quarto aniversário do site O Antagônico.
Giovani do Nascimento Ferreira, 48 anos, mais conhecido como Pirata Show, possui 30 anos de carreira na música, interpretando samba, brega, forró, ritmos regionais e um pouco de tudo. Ele começou em um grupo de pagode, o Karicia, e, naturalmente, tocava sucessos do Raça Negra. Depois, partiu para a carreira solo. "O Raça Negra é uma referência para mim. É um grupo que tem muitos fãs no Brasil todo, o que inclui Belém. Eles vieram de São Paulo com toda força e fazendo um pagode sem cavaco, um pagode romântico que contagiou o país", destaca.
Pirata Show: ligação direta com o Raça Negra (Foto: Divulgação)
Para esse artista, o sucesso das canções do Raça Negra, como "Cheia de Manias", "É Tarde Demais", "Me leva junto com você", e "Quando te Encontrei", pode ser explicado pelo fato de que possuem letras diretas, fáceis de serem cantadas pelas pessoas em geral e têm um suingue contagiante. "Nos anos 90, os grupos de pagode tinham que tocar as músicas do Raça Negra", reitera Pirata Show. Foi por volta dos 18 anos de idade, ele teve contato com o samba, ao ingressar na sede da agremiação carnavalesca Embaixadores do Samba. Além de garantir a voz nas canções, o sambista toca instrumentos de percussão e tem uma carreira sólida em Belém.
No gosto do povo
"A gente canta, sim, músicas do Raça Negra. As pessoas pedem e gostam de ouvir o samba romântico do grupo, com uma batida diferenciada". A colocação é de Orlando Soungo, o cantor de Rally do Samba, 51 anos de idade 31 dos quais dedicados à música. Para ele, também, a obra do grupo Raça Negra é uma referência. Rally diz que já adquiriu o ingresso para o show do Raça em Belém, que será realizado dois antes do aniversário dele, em 16 de agosto.
Rally conta que a turma do Raça Negra desenvolveu um trabalho musical a partir do samba rock, estilo que reúne nomes como Jorge Ben Jor e Bebeto. "Eles deram a roupagem deles, bem melhor, músicas fáceis de cantar", pondera o sambista. Nos anos 90, Rally integrou o grupo Tem que Rolar, mas, depois, no ano 2000, saiu da banda e foi para o Suvaco de Cobra, a fim de substituir o cantor Meio-Dia, que se transferia para a escola de samba Imperatriz Leopoldinense, no Rio de Janeiro.
A partir do Suvaco de Cobra, Rally do Samba seguiu em carreira solo. Nessa estrada até hoje, o cantor nunca se nega a levar um samba do Raça Negra. Até porque esse morador do bairro da Pedreira sabe que o Raça tem um lugar especial no coração dos pagodeiros em qualquer cidade do Brasil, e em Belém não seria diferente. Enquanto a turma do pagode aguarda pela chegada de agosto, para conferir a performance dos rapazes do Raça Negra ao vivo no Mangueirão, não custa nada curtir mais uma desse grupo antológico do estilo que tem a cara do brasileiro.
Serviço:
Show 'Raça Negra e Paulo Ricardo'
No dia 14 de agosto
21h
No Estádio Mangueirão, no bairro do Bengui,
em Belém (PA)
Ingressos: no site bilheteriadigital.com
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