Paraense, destaque em concurso internacional de mangá, deseja publicar no Japão
Pedro Cunha, de 20 anos, é natural de Marabá e mora em Portugal.
O jovem marabaense Pedro Cunha, de 20 anos, mais conhecido no mundo dos HQs como “Hypnodrama”, busca conseguir publicar a própria série de mangá no Japão. “Por definição, se não for publicado no Japão não é mangá”, justifica. Em 2021, ele ficou em segundo lugar na categoria mangá do Internacional Comic Manga Schools Contest com a obra “Coffee Break”. O concurso teve mais de 1.554 títulos participantes de 1.245 escolas de 85 países.
Leia 'Coffee Break' aqui.
Pedro Cunha reside em Portugal com os pais e os irmãos há dez anos. Atualmente, ele cursa “Som e Imagem” na Universidade Católica do Porto, onde pretende se especializar em Animação. No website Hypnodrama ele publicou os mangás de sua autoria “Glosling“ e “Besta Negra”. Já no canal Hypnodrama do Youtube, Pedro possui a animação “, Child Light Green”, que foi inspirada na história de outro autor.
“Desde criança eu gosto muito de assistir desenho animado e ler revistas da Turma da Mônica. Com cerca de 13 anos, comecei a desenhar, e com 14, decidi que é isso isso que eu quero seguir na vida”, recorda.
Em “Coffee Break”, Pedro Cunha narra a história de dois irmãos, Oliver e Enzo, que são retratados como gatos que têm comportamento e roupas humanas. Ao longo de 15 páginas, Enzo convida Oliver para dar um tempo da vida atribulada em que eles não têm tempo para conversar, chamando-o para tomar um café. As ilustrações de Pedro são inspirada no trabalho do ilustrador japonês Taracod.
Especialistas do gênero elogiaram o trabalho do jovem paraense: “A maneira como o irmão mais novo, que estava tão animado para falar sobre seu próprio trabalho, se acovardou quando uma terceira pessoa apareceu era tão realista que se podia entender a personalidade de um único personagem em um único olhar. O autor parece alguém que tem um olho afiado para observação”, elogiou Shogakukan. “Das expressões faciais dos personagens aos conjuntos, a atenção aos detalhes é séria e bem trabalhada. Os pensamentos e sentimentos dos personagens são habilmente incorporados à história, e foi uma leitura satisfatória”, declarou Shueisha.
“O enredo foi baseado em mim. Botei meus sentimentos para escrever. Criei essa história especialmente para o concurso”, acrescenta. “Coffee Break” ficou com 15 páginas para atender a exigência do concurso. Mas Pedro pensa em dar sequência à história, criando novos episódios para os irmãos gatos, bem como em criar mais histórias curtas de mangá e também em série. “Continuo trabalhando, participando de outros concursos e vou continuar tentando publicar um mangá no Japão”.
Mangá
Pedro se interessa por animação e histórias em quadrinhos, especialmente mangás. “Gosto mais do formato de publicação do mangá”, afirma ele sobre o estilo japonês de HQs que conquista fãs pelo mundo inteiro. (...) “São três formatos bem diferentes: ocidental, francês e mangá. O mangá tem uma forma muito diferente de mostrar as emoções, traz mais intensidade às cenas do que outros formatos. Gosto também desse formato de publicação porque as histórias têm continuidade, como uma série, diferente dos HQs comuns”.
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