Palacete Bolonha recebe as sonoridades do violão de Maurício Gomes
Concerto organizado pela Fundação Carlos Gomes será apresentado nesta quarta (6), com entrada gratuita, às 16h
"Tocar um instrumento é poder dividir a beleza da música com outras pessoas". A frase funciona como um cartão de apresentação para o concerto que o violonista paraense Maurício Gomes fará no Palacete Bolonha, prédio histórico no centro de Belém, a partir das 16h desta quarta-feira (6), abrindo a programação mensal do Projeto Música nos Museus, a cargo da Fundação Carlos Gomes. Aos 43 anos, Maurício nasceu em Belém e já morou em Macapá (AP), Barcelona (Espanha) e Aveiro (Portugal). Atualmente, ele mora em Belém.
Maurício Gomes é formado em violão pelo Instituto Estadual Carlos Gomes, tem Licenciatura em Educação Artística com Habilitação em Música pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), bacharelado em violão pela Escola Superior de Música de Catalunya (Espanha) e mestrado em Música pela Universidade de Aveiro (Portugal). Aos 14 anos, ele começou a tocar em público e vai completar 30 anos de carreira artística.
Clássico e popular
Sobre a apresentação de violão solo que fará ao público de Belém nesta quarta-feira (6), Maurício Gomes destaca: "Esta apresentação será uma prévia de um concerto que farei em São Paulo semana que vem, dentro da programação da Mostra de Cordas Dedilhadas, que já é um evento tradicional da Cidade de São Paulo".
"Então, eu vou fazer o mesmo repertório aqui no Bolonha, com uma valsa chamada 'Rio Tapajós', de Francisco Araújo, que farei a estreia em São Paulo. No programa desta apresentação, optei por um repertório variado que vai desde a Renascença até o Século XX e inclui obras do espanhol Luis de Narváez, do italiano Domenico Scarlatti, do austríaco Johann Kaspar Mertz, dos brasileiros Geraldo Ribeiro e Francisco Araújo e do italiano Mário Castelnuovo-Tedesco. Procurei escolher músicas e compositores que eu gosto de tocar", ressalta o violocelista.
De um modo geral, como explica Maurício, essas são músicas em estilo clássico, de diversos períodos da música. "Tem música renascentista, barroca, romântica e música mais moderna do Século XX. Apenas a música de Francisco Araújo que faz uma ponte entre o clássico e o popular, e também a peça de Geraldo Ribeiro que se chama 'Ode a Pixinguinha' e traz uma pequena citação da música 'Lamentos', de Pixinguinha. A maioria das músicas foram compostas para violão, mas a música de Narváez foi composta para vihuela e as duas sonatas de Scarlatti foram compostas originalmente para cravo", detalha o músico.
O berço musical de Maurício Gomes se deu mesmo no lar. Ele conta que o pai tocava um pouco de violão e recebia semanalmente seu professor em casa, que era o Mestre Catiá, um dos melhores violonistas que o Pará já teve, como frisa o violonista. "Então, eu fui me aproximando do violão aos poucos. Com 8 anos, tive as primeiras aulas, parei um tempo e depois voltei com 10 anos e não parei mais", relata.
O músico diz se sentir muito bem tocando violão, desde que a música significa muito para ele. Diz que ao se apresentar em público pela primeira vez decidiu que queria ser músico profissional."Tocar um instrumento é poder dividir a beleza da música com outras pessoas, e é sempre um prazer poder levar essa música para a plateia, já que é um estilo que praticamente não encontra espaço no dia a dia das pessoas", arremata Maurício Gomes.
Promovido pelo Governo do Pará, por meio da Fundação Carlos Gomes, o Música nos Museus é realizado em parceria com o Sistema Integrado de Museus e Memorais do Estado (SIMM), Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Prefeitura de Belém. Por meio desse projeto, são ofertados diferentes recitais com professores e alunos que integram os grupos artísticos da Fundação Carlos Gomes e projetos de extensão do Instituto Estadual Carlos Gomes.
Serviço:
Concerto do violonista Maurício Gomes
6 de agosto de 2025
Às 16h
Palacete Bolonha, na Av. Gov. José Malcher, 295
Bairro Nazaré, Belém - PA
Projeto Música nos Museus, da Fundação Carlos Gomes
Entrada franca
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