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Obra I-Juca Pirama encerra o XXIV Festival de Ópera do Theatro da Paz

O público esgotou os ingressos do primeiro dia e a casa continuou cheia nas demais récitas

Agência Pará

A última récita da ópera I-Juca Pirama, inspirada no poema de Gonçalves Dias, com libreto de Paulo Coelho e composição musical de Gilberto Gil e Aldo Brizzi, foi realizada na quarta-feira (12), no encerramento do XXIV Festival de Ópera do Theatro da Paz.

“É uma honra para o festival a experiência de mais uma co-realização com o Núcleo de Ópera da Bahia, promovendo um intercâmbio entre o nosso corpo técnico, os cantores líricos e a participação de artistas indígenas, que construíram a cênica e os figurinos. Nós entendemos que o nosso Festival de Ópera do Theatro da Paz se projeta para o mundo, neste momento em que recebemos visitantes de todos os lugares, em razão da COP30, como um palco onde o Brasil real brilha no Da Paz, com a nossa orquestra, com o Coro Carlos Gomes e com a condução do maestro Aldo Brizzi”, ressaltou a secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal.

A ópera contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, do Coro Carlos Gomes, de cantores líricos, de artistas do Núcleo de Ópera da Bahia (NOP) e do grupo indígena Huni Kuin, do Acre.

Para a produtora do festival, Nandressa Nunes, 2025 foi marcante para a iniciativa. “Tivemos duas estreias mundiais, em abril, 'Cobra Norato', e agora, em plena COP, 'I-Juca Pirama', que teve suas três récitas lotadas. Mais uma vez, o Festival de Ópera do Theatro da Paz, na sua 24ª edição, faz história.”

O público esgotou os ingressos do primeiro dia, e a casa continuou cheia nas demais récitas. Entre os espectadores, estava a jornalista Beatriz Heleodoro, do Espírito Santo. “Eu não sei explicar em palavras o que é estar no Theatro da Paz assistindo a essa peça. É uma honra poder assistir a este espetáculo, que faz tanto sentido estar sendo apresentado em 2025”, revelou, em sua primeira vez no Da Paz.

A iniciativa é uma realização do NOP, em co-realização do Governo do Pará, por meio da Secult, com produção da ComArte Produções, apoio do programa Boca de Brasa, da Fundação Gregório de Mattos e da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Salvador. O espetáculo teve o apoio de mídia televisiva da France Télévisions, patrocínio do BNDES e apresentação do BB Consórcios.

O XXIV Festival de Ópera do Theatro da Paz iniciou em abril deste ano com a estreia mundial de "Cobra Norato – Terras do Sem Fim" e seguiu com os espetáculos "A Ópera da Amazônia" e “Tudo isto é teu – Uma celebração de Waldemar Henrique”.