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'O Telefone Preto 2': Conheça a história real dos serial killers que inspiraram o filme

Sequência do terror traz de volta O Pegador, personagem inspirado em serial killers; novo filme já está em cartaz nos cinemas brasileiros

Estadão Conteúdo

O Telefone Preto 2, sequência do sucesso de 2022, estreou nos cinemas brasileiros na última quinta-feira (16). O novo filme de terror sobrenatural dirigido por Scott Derrickson retoma a história de Finney (Mason Thames) e Gwen (Madeleine McGraw), que agora enfrentam o retorno d’O Pegador (Ethan Hawke), responsável por novas vítimas em um acampamento.

A trama é baseada no conto homônimo de Joe Hill, filho de Stephen King, e apesar de não ser um true crime, o principal vilão do filme foi inspirado em dois dos serial killers mais conhecidos da cultura norte-americana.

O Pegador mistura traços de Gacy e Dean Corll

Na versão original escrita por Hill, O Pegador não se parece com o mágico magro do cinema. Ele é descrito como um palhaço gordo, em clara referência a John Wayne Gacy, conhecido como “Palhaço Assassino”. Gacy cometeu ao menos 33 assassinatos entre 1972 e 1978, atraindo jovens para sua casa sob o pretexto de ensinar truques de mágica.

Outro criminoso que influenciou a construção do personagem foi Dean Corll, apelidado de Candy Man. Dono de uma fábrica de doces, ele ficou conhecido por atrair garotos com doces gratuitos e foi responsável pelo abuso e morte de pelo menos 29 vítimas, entre 1970 e 1973.

Mudança no visual evitou comparações com Pennywise

Com o sucesso de IT: A Coisa, de Stephen King, Joe Hill sugeriu mudanças no visual d’O Pegador para evitar comparações com o palhaço Pennywise. Em entrevista ao LA Times, o roteirista C. Robert Cargill explicou que a sugestão foi transformá-lo em um mágico dos anos 1930 e 1940, com figurino dividido entre persona humana e demoníaca — o que originou a máscara usada por Ethan Hawke.

A escolha de Hawke também alterou a ideia inicial de um vilão mais robusto, semelhante a Gacy. “Vamos só deixar o Ethan ser o Ethan, porque ele trará algo totalmente novo”, comentou Derrickson ao LA Times.

Diretor usou experiências pessoais para criar o cenário

Além das referências a criminosos reais, Derrickson afirmou que sua infância em Denver, no Colorado, também influenciou a ambientação. “Cresci numa área bem violenta. Muito bullying, brigas e violência doméstica. Tentei trazer isso de forma realista para o filme”, disse ao news.com.au.

Essas experiências aparecem na trajetória do protagonista Finney, que enfrenta desaparecimentos de colegas, agressões e a convivência com um pai abusivo.

Filme está em cartaz; primeiro longa pode ser visto online

O Telefone Preto 2 está em exibição nos cinemas brasileiros. Já o primeiro filme pode ser visto no canal Universal do Prime Video e também está disponível para compra e aluguel digital no Prime Video, YouTube, Google Play e Apple TV.