Ney Matogrosso revela de onde tirou a inspiração para o visual do Secos e Molhados
Ney Matogrosso revelou mais sobre o universo de Secos e Molhados nessa terça-feira, 9, durante uma entrevista para o podcast Só Se For Agora. Ele falou de sua inspiração para o visual da capa e das interpretações do trio, bem como a briga e a dissolução do grupo.
O artista explicou que sua maior inspiração foi o teatro Kabuki, arte dramática japonesa com a qual teve contato quando morou na Liberdade, em São Paulo. O bairro é conhecido pela presença de imigrantes e pela influência da cultura japonesa. "Eu tinha medo de perder minha privacidade, porque diziam que artista não podia andar na rua. Eu vendo o teatro Kabuki, disse: 'Eles não têm rosto, interessante'. Foi daí que veio a ideia." Ele foi questionado também sobre os boatos de que a banda Kiss teria se inspirado no visual do grupo, e afirmou: "Eu não sei de nada. O que eu sei dizer é que eu não copiei ninguém."
Sobre a crise com o Secos e Molhados, disse: "A questão era dinheiro. Porque o nosso acerto inicial era assim: que todo o dinheiro que entrasse seria divido pelos três igualmente, isso no tempo do romantismo." "E quando a coisa começou a acontecer, não foi isso (...) Eu disse: 'Tá bom, então vocês me paguem um pouquinho mais porque sou eu que fico ali pelado me requebrando'. Responderam: 'Não pode'. Eu disse: 'Tá bom, então tá. Vocês sigam a vida de vocês e eu vou seguir a minha'", brincou.
Ele também relembrou a época em que João Ricardo e Gérson Conrad tentaram substituí-lo: "Teve um coitado que prendiam ele num quarto pra cantar igual a mim. Parecia, mas não era eu."
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