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Jornalistas de O Liberal elegem séries mais marcantes da década

Profissionais responsáveis pelas notícias que lemos todos os dias compartilham dicas de séries que assistiram nos últimos dez anos

Redação Integrada

Com mais uma década chegada ao fim, alguns jornalistas de O Liberal compartilham recomendações de séries marcantes com os leitores e comentam o porquê de cada escolha. Confira:

Halt and Catch a Fire (Christopher Cantwell e Christopher C. Rogers, 2014-2017)

"Essa série norte-americana despintada, disponível no catálogo do Globoplay, é perfeita. Não lembro de uma produção do gênero que tenha se mantido em tão alto nível do começo ao fim. E vemos em seus 40 episódios o mais notável desenvolvimento psicológico de personagens, área na qual muitos outros títulos derrapam. O roteiro é sobre amigos que desenrolavam a vida em meio à evolução da tecnologia, do código, do computador pessoal, da internet" - Hamilton Braga


Black Mirror (Charlie Brooker, 2011 - 2019)

"Embora seja um pouco alheia ao consumo de séries, o que não me deixa ser uma boa avaliadora do assunto, acredito que Black Mirror mereça estar entre as melhores produzidas nesta década" - Adna Figueira


Law e Order: Special Victims Unit (Dick Wolf, temporadas entre 2011-2020)

"A série foi Law and Order: SVU, que tem Olivia Benson no comando da divisão que investiga crimes de natureza sexual" - Andreia do Espírito Santo


Game of Thrones (David Benioff e D.B Weiss, 2011-2019)

"Talvez a série mais hypada da história. ainda assim, apesar do sabor amargo pela visível queda de qualidade nas últimas temporadas - principalmente pela série de incoerências na própria narrativa - o todo de Game of Thrones justifica a recomendação" - Andre Gomes


Sessão de Terapia (Jaqueline Vargas e Selton Mello, 2012-2014 e 2020)

"Sessão de Terapia é tão bem sucedida na tarefa de colocar dois atores diante de uma câmera conversando por vinte minutos que fica difícil chamar a série de simples. Com o passar dos episódios, esquecemos quem é o terapeuta e quem é o paciente. De brinde tem interpretações impressionantes de Zécarlos Machado, Maria Fernanda Cândido e Sérgio Guizé. Uma boa conversa, às vezes, é tudo o que precisamos" - Eduardo Laviano


Cobra Kai (Josh Heald, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg, 2018-presente)

"34 anos depois de Karate Kid, a série nostálgica acompanhada Johnny Lawrence reabrindo o dojo Cobra Kai, retomando a rivalidade com Daniel LaRusso, que não conta mais com a orientação de seu mentor, sr. Miyagi" - Carlos Fellip


Bônus:

*Universo Cinematográfico da Marvel (múltiplos diretores, entre 2011-2020)

"A Marvel no cinema inaugurou algo impensável. Uma série de filmes diferentes que se conectam e contam uma história em comum. Isso foi algo inédito com estrondoso sucesso de público e crítica. Não temos como esquecer que Os Vingadores Ultimato foi a maior estreia do cinema e o apogeu desse projeto. Mexeu com os sentimentos de mundo todo e fez novamente os heróis de HQs virarem populares. Nenhuma série de televisão pode se comparar com o que foi feito no cinema pela Marvel pela extensão, complexidade e pluralidade de projetos diferentes que se conectaram" - Vito Gemaque


*Wislawa Szymborska (1923-2012)

Um dos fenômenos literários da década foi, além da chegada, a crescente popularidade de Wislawa Szymborska no mercado de livros do Brasil. Merece registro. Uma poetisa polonesa que escreveu a maior parte de sua obra no século XX, morta em 2012, vendendo às pencas de Norte a Sul de um país da América do Sul na segunda década dos anos 2000. Mérito em parte para o tino da Companhia das Letras, que desde “Poemas” (2011), primeira coletânea com poemas da autora, percebeu o apelo da vencedora do Nobel de Literatura em 1996 e investiu em mais duas compilações - “Um amor feliz (2016) e “Para o meu coração num domingo” (2020) -, todas sucesso de público e crítica. Na trinca estão as digitais de Szymborska: a capacidade de transformar as miudezas do cotidiano em pano de fundo para abordar de maneira simples mas profundamente filosófica as grandes questões da existência, característica que faz com que alguns especialistas a comparem (descontadas as óbvias questões de gênero e nacionalidade) a Carlos Drummond de Andrade, o maior de todos. Recomendo a leitura na sequência dos lançamentos - Elvis Rocha

*O jornalista Vito Gemaque optou por uma série de filmes, ao invés das de televisão. O jornalista Elvis Rocha optou por indicar uma autora de livros.