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Homilia: padre Claudio Pighin enfatiza a conversão à Palavra de Deus para produzir bons frutos

A partir do exemplo de fé e dedicação dado por João Batista, que anunciou a vinda de Jesus Cristo, o padre Claudio destaca a importância de se viver a Palavra de Deus para transformação de vida

Eduardo Rocha

Na Homilia deste final de semana, em que transcorre o Segundo Domingo do Advento (período de preparação dos fiéis para o Natal), fundamenta-se na passagem bíblica de Mateus 3, 1-12. O padre Claudio Pighin, diretor da Escola de Comunicação Papa Francisco,  ressalta que esse evangelista apresenta a grande figura de João Batista e a atividade desse personagem das Escrituras Sagradas com a sua proposta de transformação das pessoas.  João Batista estava ciente da vinda do Senhor e, então, assumiu o papel daquele que ajudava os outros a acolher o Messias. 

A preparação de João Batista para sua missão histórica teve como cenário o deserto.  Ele levou uma vida austera e de oração, ou seja, totalmente entregue à Palavra de Deus. “É daí que traz toda a força para proclamar: ‘Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo!’. E o povo todo recepcionava essa mensagem e simpatizou com Batista. Eles confessavam publicamente os próprios pecados e se faziam batizar. Portanto, o Rito Batismal fazia uma só coisa com a mensagem de João Batista que chamava a atenção sobre o tempo presente como o momento propício para o Juízo Final de Deus”, salienta o padre Claudio.

Transformação

A voz de João Batista emocionava as pessoas, e, nesse contexto, é que surge uma mudança de existência delas. “É interessante ver que essa conversão não é algo de abstração, mas se fundamenta nos fatos reais da vida. Isso significa que as mudanças das nossas vidas não podem ser concentradas em pensamentos ou em coisas abstratas. Devem se encarnar na nossa vida para transformá-la. E de onde vem toda essa força? Ela vem de saber acolher a Palavra de Deus e reconhecê-la com absoluta”, enfatiza o religioso.


Por esse motivo, como pontua o padre Claudio Pighin, João Batista foi muito duro com os fariseus  e saduceus, definindo-os como “cobras venenosas”. “Porque eles não estavam disponíveis a esta abertura ao Senhor”, completa.

“Não adianta se iludir pelo fato de pertencer ao povo de Deus e ter como pai Abraão. Garantias desse tipo  são radicalmente excluídas. Nós, seres  humanos, seremos julgados pelas nossas escolhas e nossas ações. Pertencer à Igreja, sermos fiéis à  instituição e frequentar o Sacramento não nos deve iludir de que já possuímos uma garantia de salvação”, pondera o padre Claudio Pighin.

Portanto, como frisa o religioso, é necessária uma constante mudança de vida para as pessoas chamadas a construir uma vida marcada de sinais que antecipam o Reino de Deus. “Todos somos destinados a uma seleção, e essa seleção vem de Deus”, pontua o religioso. E isso impele as pessoas a buscar ter uma vida bem dinâmica e transformadora. “E aqui, eu pergunto: Aquela voz de João Batista ainda hoje é presente na tua vida, ajudando-te  a transformá-la?”, finaliza o padre Claudio Pighin.