Funcionários da Disney receberam ameaças de morte antes de suspensão de Jimmy Kimmel, diz site
A suspensão do Jimmy Kimmel Live! não foi resultado apenas de críticas públicas. Segundo informações divulgadas pelo site The Hollywood Reporter, funcionários da Disney tiveram seus e-mails expostos e chegaram a receber ameaças de morte após comentários feitos pelo apresentador em seu programa.
Na segunda-feira, 15, durante o monólogo de abertura, Kimmel ironizou republicanos ligados ao movimento MAGA que tentavam se afastar do acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk. A declaração desencadeou uma forte reação nas redes sociais e se intensificou após a participação do presidente da FCC (Comissão Federal de Comunicação), Brendan Carr, em um podcast conservador.
Pressão sobre a Disney
Com a repercussão, grupos de afiliadas da emissora ABC e patrocinadores começaram a questionar a manutenção do programa. A Sinclair exigiu que o apresentador se retratasse e suspendeu a exibição do programa. Em paralelo, executivos da Disney passaram a discutir com Kimmel como ele trataria o assunto em edições seguintes.
De acordo com fontes, a emissora esperava um posicionamento que reduzisse a tensão, mas Kimmel teria planejado reforçar sua defesa, sem pedir desculpas. A perspectiva aumentou o receio de que a situação se agravasse, levando a novas pressões.
Decisão final
Na quarta-feira, 17, com 66 das cerca de 200 afiliadas da ABC já dispostas a não transmitir o programa, a decisão de suspender a atração foi tomada por Bob Iger, CEO da Disney, e Dana Walden, chefe de entretenimento da empresa. O anúncio foi feito pouco antes da gravação, quando o público já aguardava a entrada no estúdio.
Nem Kimmel nem a Disney comentaram oficialmente o episódio. Internamente, executivos avaliam possibilidades de retorno do programa, mas condicionam o futuro da atração à disposição do apresentador em adotar um tom mais conciliador, além da aceitação das afiliadas.
Palavras-chave