Fotógrafos debatem a 'Fotografia como expressão artística' em live
Será nesta quarta-feira, 23. O evento é promovido pelo Sindicato dos Jornalistas do Pará.
“Fotografia como expressão artística” é o tema da live que o Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) promeve nesta quarta-feira, 23, com a participação dos fotógrafos Dirceu Maués, Flavya Mutran, Walda Marques e Octavio Cardoso. A transmissão inicia às 20 horas, pelo canal do Sinjor Pará no Youtube.
Além da paixão pelas lentes, esses quatro profissionais de imagem compartilham também a solidariedade. Walda, Flavya, Dirceu e Octávio integram a exposição virtual “Pará Ver-O Peso que uma Imagem Tem”, que, junto a outros 51 fotógrafos, está comercializando fotografias em favor de jornalistas prejudicados pela pandemia pela Covid-19. A mostra está disponível no site www.opesodaimagem.com.br.
A live vai trazer uma troca de ideias entre quatro artistas com visões e vivências distintas, de longa trajetória que inclui obras em acervos de museus como Masp de Fotografia, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Pinacoteca de São Paulo, Museu Casa das 11 Janelas e Museu de Arte Contemporânea do Pará.
Há 25 anos produzindo o trabalho autoral no estúdio Walda Marques, também participou de exposições coletivas dentro e fora do Brasil e foi premiada em salões, como Arte Pará, e recebeu a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura. “Cada artista e cada pessoa tem a forma de olhar. A fotografia é uma expressão. Para mim, toda fotografia é arte, é a expressão de alguém que viu e que interpretou o que estava ali de uma maneira”, observa Walda.
Dirceu Maués é artista visual e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi repórter fotográfico de jornais, como O Liberal e Amazônia, e passou a desenvolver trabalhos autorais em fotografia, cinema e vídeo, além de pesquisa a partir de câmeras artesanais. “A fotografia, assim como qualquer dispositivo ou tecnologia de produção de imagens, desde seu surgimento, sempre teve um potencial extraordinário para ser utilizada pelos artistas como ferramenta para se produzir e pensar a arte”, conta Dirceu antecipando o tema que vai abordar na live.
Flavya Mutran tem se dedicado à pesquisa de temas e processos de criação em poéticas visuais. Foi laboratorista e repórter fotográfica da revista Troppo, de O Liberal, e atuou para revistas e assessorias de comunicação. Hoje, mora em Porto Alegre e leciona no Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Sempre foi estranho fazer distinção entre fotografia artística enquanto gênero, pois, toda fotografia pode ou não ser de interesse do circuito cultural, das instâncias que validam o trabalho de um autor”, explica. Ela vai falar na live de assuntos como o processo autoral e artístico e o circuito cultural da fotografia paraense e a sua visibilidade nacional.
Já Octávio Cardoso presidiu a Fotoativa de 2000 a 2007 e é um dos fundadores da agência Kamara-Kó Fotografias. Foi repórter fotográfico de O Liberal, pelo qual venceu o prêmio Esso Regional Norte de Jornalismo ao lado da repórter Ana Márcia Souza. Na live, ele vai explanar sobre o limite entre realidade e ficção na fotografia. “Acho que é uma discussão pertinente tanto para a fotografia como expressão artística, quanto ao fotojornalismo”, relata Cardoso.
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