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Fafá de Belém contemporânea e ainda mais "Humana" em novo álbum

Novo trabalho traz composições de artistas do cenário independente brasileiro e sucessos oitentistas

Lucas Costa

“Eu sei quem eu fui. Quero agora que vocês saibam quem eu sou: humana”, é dessa forma que Fafá de Belém descreve seu novo álbum de estúdio, que chega ao mercado fonográfico nesta sexta-feira. Com 10 faixas, “Humana” apresenta uma face onde Fafá mostra referências que vão desde composições das décadas de 1970 e 1980, até trabalhos de nomes novíssimos como Ava Rocha e Letrux. Ouça abaixo o novo álbum de Fafá de Belém:


Voltar para o estúdio e gravar um álbum inteiro foi um grande desafio para Fafá. Ela, que diz odiar o estúdio e preferir o palco, conta que o processo foi “heavy”. “Quando eu fiz o Show dos Famosos, no Faustão, eu tive aulas diariamente, durante três meses; de impostação, canto, fono, e isso me fez descobrir um universo imenso dentro da minha garganta, ou dentro das possibilidades da emissão de voz”, relembra.

Fafá diz ainda que o processo foi exaustivo e emocionante, e destaca ter se dedicado para achar sua forma de contar as histórias escritas por outras pessoas. “Tinha dias que eu terminava aos prantos de emoção, tinha outros que eu tremia toda, que eu não conseguia botar voz, de arremeter para mim a histórias, para minha vida, e enfim, a perda do meu pai. Mexeu muito com muita coisa, e temos um resultado muito forte e intenso”, diz.

Arthur Nogueira, que produziu o álbum e esteve junto a Fafá durante o processo, conta que se baseou em pensar de que forma a cantora se sentiria mais à vontade e tranquila para deixar a voz e as emoções fluírem. “Eu quis que fosse assim porque sempre que eu assisto a Fafá cantar, fico impressionado com a cantora, com a qualidade, com a profundidade do canto; com a cantora que ela é. Então que queria que esse disco realçasse isso: uma cantora com mais de 40 anos de carreira que tem a o mesmo vigor, a mesma emoção desde 1975”, conta Arthur.

Fafá, que representa a música do Pará no Brasil e no mundo há muito tempo, e viveu mudanças tanto na forma de fazer música quanto na indústria, diz que prefere a inquietação em vez da acomodação. “Eu podia estar fazendo dez mil releituras dos meus sucessos, mas eu gosto de pensá-los e colocar num novo espetáculo, num novo show, na nova roupagem[...]. Eu não gosto de ficar sentada, olhando para trás dizendo ‘oh vocês não sabem quem eu fui’”, diz.

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