Coluna do Estadão: PSOL convida Manuela d'Ávila para concorrer ao Senado no RS pelo partido
Por Iander Porcella, do Estadão
O PSOL convidou Manuela d'Ávila nesta segunda-feira, 13, para se filiar à sigla e concorrer ao Senado no Rio Grande do Sul em 2026. Sem partido desde que deixou o PCdoB em novembro, a ex-deputada federal também é cortejada por legendas como o PSB para disputar as eleições no ano que vem e tem dialogado com o PT.
"Vivemos tempos de grandes desafios no Brasil e no mundo, do avanço da extrema-direita às crises climática e humanitária. Convidar Manuela para construir uma candidatura ao Senado com o PSOL é também afirmar que a política precisa voltar a ser movida por sonhos, princípios e compromisso com o bem comum", afirma a presidente nacional do PSOL, Paula Coradi.
"Tenho conversado muito com a Manuela e sinto ela cada vez mais próxima do PSOL", diz a deputada estadual Luciana Genro (PSOL-RS).
Manuela esteve em Brasília há duas semanas e se reuniu com as lideranças dos principais partidos de esquerda. Teve encontros com Paula Coradi, a líder do PSOL na Câmara, Talíria Petrone (RJ), o presidente do PT, Edinho Silva, o presidente do PSB, João Campos, e o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que também pode disputar assento no Senado. São duas vagas por Estado.
No campo da centro-direita, o PSD deve lançar o governador Eduardo Leite ao Senado. Entre os aliados de Bolsonaro, os mais cotados são os deputados Marcel Van Hattem (Novo) e Sanderson (PL).
Disputa entre aliados de Lula e Bolsonaro pelo Senado
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem avançado na construção de alianças para o Senado. A ideia é se contrapor ao bolsonarismo, que tem o objetivo de conseguir maioria na Casa para dar andamento a pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente Alexandre de Moraes.
Em grande parte dos Estados, a esquerda deve fazer acordos com partidos de centro-direita para as vagas no Senado, com o objetivo de frear as pretensões de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. No Nordeste e em outros locais em que a esquerda tenha nomes considerados fortes, o PT e partidos da base aliada, como o PSOL e o PSB, devem lançar candidatos.