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Coluna do Estadão: Após pesquisa, bolsonaristas rechaçam Michelle como vice em chapa em 26

Procurada, a assessoria de Michelle Bolsonaro disse que o foco dela no momento é a presidência do PL Mulher

Estadão Conteúdo

O resultado da Paraná Pesquisas divulgado ontem ampliou na ala feminina do PL uma certeza: quem pensa que Michelle Bolsonaro articula ou aceitaria ser vice numa chapa presidencial em 2026 está enganado. Congressistas entusiastas da participação da ex-primeira-dama nas eleições do ano que vem afirmaram à Coluna que não faria sentido ela abrir mão de seu protagonismo político. Também avaliaram que a "condição de sub" na chapa poderia passar uma mensagem negativa às integrantes do PL Mulher, do qual é presidente. O levantamento apontou Michelle com 44,4% das intenções de votos em 2.º turno contra o presidente Lula, que aparece com 40,6%. A ex-primeira-dama tem evitado falar sobre planos eleitorais e nem sequer confirma se tem essa pretensão.

CALMA. Procurada, a assessoria de Michelle Bolsonaro disse que seu foco de atuação no momento é a presidência do PL Mulher. Também ressaltou que o candidato dela à Presidência em 2026 é seu marido Jair Bolsonaro. "Qualquer decisão futura será tomada no tempo certo e será conjunta com Bolsonaro".

VERSÕES. Eumar Novacki, advogado de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, saiu otimista da acareação do seu cliente com o general Marco Freire Gomes, ontem, no Supremo Tribunal Federal. "A acareação confirmou o que a defesa vinha sustentando", disse à Coluna.

MOTIVO. Freire Gomes disse que Torres "jamais opinou no sentido da quebra do estado de direito", e que o ex-ministro "jamais incentivou qualquer ato fora da legalidade". O ex-ministro é acusado de dar suporte jurídico a um golpe. Na casa dele foi encontrada uma minuta do golpe.

RETICENTE. Ex-embaixador do Brasil no Irã, Eduardo Gradilone mantém a preocupação com "os arroubos" de Donald Trump. Apesar de o presidente dos Estados Unidos ter descartado ontem impor mudança de regime no país, o diplomata desconfia. "Ele vai e volta nas declarações. Não dá para ficar tranquilo."

RISCO. Gradilone alerta que, se o tema voltar à pauta, Trump pode ampliar a força dos grupos extremistas no Irã. "O povo iraniano, em geral, é contra o regime, é contra o aiatolá. Entretanto, odeia mais Israel, os Estados Unidos e medidas que afrontem os brios."

ATENÇÃO. O governo monitora desdobramentos do conflito Irã-Israel para o agro e para a balança comercial. "Até agora os impactos sobre o fluxo comercial de produtos agropecuários são limitados", disse à Coluna/Broadcast Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.

PRODUTOS. O Brasil exporta sobretudo soja e milho ao Irã e importa fertilizantes, em especial Ureia. De janeiro a maio deste ano, as exportações agropecuárias brasileiras ao país somaram US$ 1,036 bilhão em receita.

ATRASADO. O PT ainda não concluiu um estudo da situação eleitoral nos Estados para expor ao presidente Lula. Em maio, o presidente nacional da sigla, senador Humberto Costa (PE), disse que pretendia tê-lo até o fim do mês. Mas o grupo que cuida do tema pouco tem se reunido.

VODCAST ?DOIS PONTOS' | Será que a guerra Irã-Israel acabou mesmo?

Roberto Goulart Menezes Prof. de relações internacionais

"A ação de Trump foi uma carteirada de certa forma. Os EUA indicam a Israel: ?A partir de agora, não tem mais a nossa anuência'. Mas a aliança foi renovada."

Sérgio Eduardo Moreira Lima Ex-embaixador do Brasil em Israel

"O foco desse conflito é um programa nuclear. Você coloca o pesadelo na sala e lida com uma questão extremamente grave para a paz internacional."

(Roseann Kennedy, com Eduardo Barretto, Iander Porcella e Isadora Duarte)

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