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Carimbó da Resistência realiza roda especial na Feira do Açaí no Dia da Consciência Negra

O evento é organizada pelo movimento Pau e Corda de Carimbó e pela Ocupação Carimbó Resistência e Carimbó da Feira do Açaí

O Liberal

Em meio ao período de realização da COP 30 em Belém, a Feira do Açaí, um dos territórios mais simbólicos de trabalho, cultura e convivência amazônida, recebe nesta quinta-feira (20), às 19h, uma edição especial da roda do Carimbó da Resistência. A atividade, tradicionalmente realizada aos domingos como ocupação permanente do movimento, marca o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

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A programação é organizada pelo movimento Pau e Corda de Carimbó, pela Ocupação Carimbó Resistência e pelo Carimbó da Feira do Açaí. As organizações atuam de forma contínua na valorização do carimbó como prática comunitária, patrimônio vivo e expressão política afro-indígena. Segundo os organizadores, realizar a roda no 20 de novembro reforça o compromisso do grupo com “a memória das lutas negras e com a visibilidade das culturas amazônicas diante de espaços decisórios que, historicamente, reproduzem a marginalização de povos indígenas, comunidades quilombolas, populações tradicionais e juventudes amazônidas”.

Em consonância com o debate, o mobilizador Thiago Maiandeua, da Rede Cuíra – Juventude Protagonista dos Manguezais Amazônicos, destaca a importância do ato durante a conferência climática.“A presença do Carimbó da Resistência na Feira do Açaí durante a COP30 é uma resposta direta à exclusão sistemática de povos tradicionais, comunidades ribeirinhas e juventudes amazônidas dos espaços onde se tomam decisões sobre a nossa própria existência. Quando as agendas oficiais negligenciam o carimbó, estão negligenciando também os territórios que o sustentam. Esta roda afirma que nossa voz não é acessória: é central. É aqui, na beira do rio, que a Amazônia fala por si.”

Ainda segundo os organizadores da roda de carimbó, a iniciativa dialoga com mobilizações recentes, “como a ocupação da Seduc, conduzida por comunidades indígenas, quilombolas e profissionais da educação — e reforça a compreensão de que cultura, política e território são dimensões indissociáveis na luta por direitos no Pará”, afirmam, em texto de divulgação.

O evento contará com apresentações de mestres e mestras do carimbó, grupos tradicionais, representantes da nova geração do carimbó pau e corda urbano da capital paraense, DJs que dialogam com a cena musical contemporânea da Amazônia e a projeção midiática Sonora Icoaraci.

A programação traz em seu primeiro bloco musical: de 19h15 até 20h, DJ Thai, com seu “repertório amazônico e afro-diaspórico”; de 20h às 20h38, Mestra Jesus e Mosi. Em seguida, DJ Thai retorna para novo set, de 20h38 até 20h53, quando Uirandê + Conjunto apresentam repertório de carimbó pau e corda até as 21h31.

DJ Bota faz apresentação após Uirandê Gomes, e depois é sucedida pela performance Retomada BanTupi do Ponto de Cultura Panã Panã Avoá da Terra Firme, entre 21h56 e 22h06. Em seguida, é a vez de DJ Aranha Selecta ser a atração da festa.

A primeira programação do segundo bloco musical é Priscila Cobra, que traz seu show autoral de 22h06 às 22h43. Em seguida, até 22h58, DJ Bota realiza seu segundo set, que deve preparar o público para a apresentação do Mestre Cuité Marambaia + Carimbó Selvagem, com carimbó raiz até 23h45. A festa se encerrará meia-noite, após o último set de DJ Bota.

 

Serviço

Carimbó da Resistência – Edição Especial COP30

Em homenagem ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra

Data: quinta-feira, 20 de novembro

Hora: 19h às 00h

Local: Feira do Açaí – Baía do Guajará, Belém (PA)

Atividade gratuita. Contribuições voluntárias via financiamento coletivo