Adriana Calcanhotto contagia o público em show gratuito no encerramento do Fecant

O festival vem mostrando crescimento com as premiações oferecidas, com o número de inscrições e também pelas atrações nacionais

Bruna Lima

Com uma década de existência, o Festival da Canção da Transamazônica (Fecant) se consolida como a principal vitrine de novos talentos da música - compositores e intérpretes - da região do Xingu, no Pará. No último final de semana, o público de  Altamira acompanhou as apresentações, torceu e consagrou os novos vencedores desta última edição, que distribuiu R$ 42 mil em prêmios nas duas noites de programação realizada na Concha Acústica da orla da cidade. Além do número expressivo de inscrições e de apresentações de alto nível, o festival também brindou o público com uma atração especial para encerrar o evento: a cantora e compositora Adriana Calcanhoto.

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"Agradeço a oportunidade de estar aqui, não é sempre que dá para vir para essa região. Esse tipo de manifestação é muito importante para o convívio dos artistas e não importa em que fase de suas trajetórias eles estão, pois o mais importante é que ajuda as pessoas a se expressarem", destacou a artista que completou que vai continuar fazendo música, arte e aquecendo a cultura.

Fecant Regional

O primeiro dia de festival, na sexta (16), foi dedicado aos artistas da região do Xingu, 12 músicas concorreram no Fecant Regional. A primeira colocada como Melhor Canção foi “Rio-Mar”, de Charles de Arraia, de Marabá e Jacundá, que levaram o prêmio de R$ 7 mil, além do prêmio de Melhor Letra, de R$ 1.500.

image  Charles de Arraia

"Foi bom demais. Maravilhoso ser premiado em um festival tão grande e bonito. A gente está muito feliz", comemorou Charles Arraia, que já morou em Altamira e, hoje, é radicado em Jacundá. Ele assina os arranjos da canção vencedora, enquanto Bertin, que é escritor e poeta, fez a letra.

A canção composta há seis anos pela dupla já havia sido premiada no Gurupi Festival, no Tocantins, mas para o letrista Bertin, a vitória em Altamira tem um gosto especial: "Fiquei eufórico por ganhar no meu lugar, ser reconhecido pelo meu povo, minha aldeia. Você sente que a missão foi cumprida, o recado foi dado e absorvido", conta ele que é natural de Pernambuco, mas vive em Marabá há 35 anos.

"Rio Mar" é uma homenagem ao Rio Tocantins, que nasce em Goiás, percorre o Tocantins, Maranhão e Pará e deságua no delta do Marajó, onde suas águas se encontram com o mar. Os arranjos são inspirados na MPB, explica Charles e têm acordes de sanfona na música original, que ganhou versão com flauta para o Fecant.

Já Bertin, explica que a letra aponta as belezas e mazelas desse rio, que é tão importante para a vida da população de Marabá, mencionando toda a riqueza ambiental, as utilidades sociais e também evidenciando a sua degradação pela ação humana.

O 2o lugar foi de "Pra Mim Já Deu", de Anderson Souza, de Marabá, que levou R$ 5 mil, e cuja cantora Nenzinha Souza, foi a Melhor Intérprete do Regional, ganhando R$ 1.500. A 3a Melhor Canção ficou com "Feitiço da Cabocla", de Gra Podanosk, de Altamira, que ganhou R$ 3 mil.

Fecant Nacional

A música “Voz da Mulher”, da cantora e compositora Dulci Cunha, de Belém, foi o 1º lugar de Melhor Canção do Fecant Nacional e levou para casa o prêmio de R$ 9 mil.

“Para nós, cantores e compositores, é incrível ter o trabalho reconhecido num palco tão grandioso quanto o do Fecant”, declarou ela. “É um belíssimo (Fecant) projeto de incentivo à cultura que não abraça somente o rio Xingu, mas o Brasil inteiro”. Ela nunca havia participado de um festival de música: “É a primeira vez que faço uma música e tenho coragem de compartilhar. Foram muitas conquistas em uma noite só”, afirmou.

A 2a Melhor Canção do Fecant Nacional foi “Entre Dragões e Querubins”, de Alfredo Reis, de Belém, que levou o prêmio de R$ 7 mil. E a 3a Melhor Canção foi “Obrigado Meu Deus”, de Diego Xavier, Nego Fortunato e Ellton Meireles, de Ananindeua, que ganhou R$ 5 mil.

O prêmio de Melhor Letra ficou com “Travessia”, de João da Hora e Dudu Neves, de Belém, (Davi Amorim foi o cantor) que levou R$ 1,500. E a Melhor Intérprete foi Bethe Corrêa, de Altamira, que interpretou a canção “Encerra” (composição de Ziza Padilha, de Belém, com Paulinho Pedra Azul) e ganhou R$ 1.500.

Ao todo, 12 canções concorrentes passaram pelo palco do Fecant Nacional. Os jurados da noite foram Natália Mattos, Adilson Alcântara, Zara e AQNO.

Toda essa história começou em 2010, quando a cantora Joelma Klaudia resolveu levantar a bandeira e, em 2011, organizou a primeira edição do festival. Hoje, ela diz que já são mais de 100 trabalhadoras e trabalhadores e que a cada ano a equipe busca inovar em ações.

"É impressionante ver o quanto que o Fecant Regional evoluiu. Os nossos artistas estão despontando com suas composições. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa evolução", comemora a coordenadora e idealizadora do Fecant, Joelma Klaudia.

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