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Zeca Pagodinho faz 65 anos: Conheça a história de paraenses fãs do artista

O artista, que tem 40 anos de carreira, é um ídolo para muitos paraenses que admiram sua música e sua simplicidade

Bruno Menezes | Especial para OLiberal

Neste domingo (4), o cantor Zeca Pagodinho completa 65 anos de vida e incríveis 40 anos de carreira na música. Para celebrar esta marca, o sambista realiza um grande show de comemoração no estádio Nilton Santos (RJ), que conta com a presença de outros ícones da música, como Alcione, Seu Jorge, Jorge Aragão, Xande de Pilares, Iza, Diogo Nogueira, Djonga e Marcelo D2.

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Lurdinha ainda hoje é amante do samba raiz e adora participar de eventos do gênero musical. Ela afirma que, além do talento, Zeca é admirável por seu incentivo ao samba no Brasil, ao despertar e ajudar novos talentos da música.

“Não tem como você não admirar um cara desse, que teve como madrinha a Beth carvalho, e ele também apadrinhou muitos músicos. O Dudu Nobre, por exemplo, foi apadrinhado pelo Zeca e até hoje há muitas pessoas do Rio de Janeiro que recebem o apoio dele”, ressalta a radialista.

Zeca Pagodinho, além de ser reconhecido por suas músicas irreverentes, é também muito lembrado por suas histórias inusitadas de vida, as quais ele sempre conta com entusiasmo em programas onde é convidado.

Lurdinha também tem uma história bem surpreendente sobre a passagem de Zeca em Belém do Pará. Ela conta, animada, uma das peripécias que o artista aprontou quando esteve na capital.

“Aconteceu nos anos 90, na época em que eu trabalhava com ele. A equipe do Zeca o levou até o hotel, enquanto o restante dos profissionais foi até o palco para verificar o som e fazer a checagem dos instrumentos. Quando voltamos para o hotel, ele simplesmente tinha sumido. Fomos achar o Zeca lá em São Brás, em um bar pé sujo, rodeado com as ‘primas’, como ele falava. Ele tava como um simples mortal, num pé sujo, com as ‘primas’ dele. Era o Zeca sendo o Zeca”, relata ela, se divertindo ao lembrar da situação.

Músicas Marcantes

As músicas de Zeca têm um valor especial para Lurdinha, que conhece a fundo as histórias por trás de muitas delas. Ela explica que uma de suas preferidas se chama “Dona Esponja”, pelo fato de saber a origem da composição dela.

“Essa música tem a ver com o compositor Marquinho Diniz, que é amigo do Zeca. Ele conta que sempre via uma mulher, em frente ao Império Serrano, com um isopor imenso na cabeça. Ela passava o dia inteiro vendendo e bebendo cerveja. Zeca se questionava como aquela mulher conseguia beber cerveja o dia inteiro sem nunca ir ao banheiro. Marquinho aproveitou a figura dessa mulher e fez uma comparação com a sua própria esposa, que é uma cachaceira de marca maior. Assim nasceu Dona Esponja”.

Além de um ícone para os fãs que adoram ouvir suas músicas, Zeca Pagodinho também é uma referência e inspiração para muitos cantores de samba em Belém. É o caso de Tonny Melodia, que se apresenta em bares e eventos diversos na cidade.

Ele é reconhecido pelos amigos e fãs como o “Zeca Pagodinho do Pará”, devido à semelhança vocal e o repertório que sempre tem uma música do artista. Tonny expressa que uma das qualidades que mais o encanta em Zeca é a sua humildade.

“A simplicidade dele faz a gente gostar do cara. Desde novo eu já gostava do Zeca Pagodinho e por isso sei quase todas as músicas dele. Ele ta sempre no meu repertório e ponho músicas novas quando são lançadas. Tenho um caderno onde eu escrevo as canções dele que quero aprender e aí vou treinando para poder cantar nos shows”, diz Tonny.

Um dos motivos que faz o cantor paraense admirar tanto Zeca Pagodinho são as letras de suas músicas. Tonny relata que gosta de muitos sucessos do sambista, principalmente aqueles que o fazem refletir sobre algum tema.

“É muita música bonita que eu gosto de ouvir, mas tem uma especial que se chama 'Sonho Infantil'. Ela fala sobre uma criança que não é ajudada, e ele critica os políticos que não ajudam a criança, é uma coisa incrível, são letras que têm sentido”.

Ainda segundo o artista paraense, Zeca Pagodinho é mais do que apenas um cantor de samba. Para Tonny, o cantor que completa 65 anos também é um símbolo da força do samba.

“O Zeca é nosso maior representante do samba brasileiro. Ele segura a bandeira do samba e todos têm ao maior carinho e respeito por ele. É um cantor que tem aquela malandragem do sambista, mas também é muito humano, um cara família e amigo. Ele é muito importante neste círculo de sucesso da música”, pontua Tonny Melodia.

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