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Secretário rebate críticas e diz que COP 30 é evento climático, não hoteleiro

Secretário André Godinho critica foco nas reclamações sobre hospedagem e defende Belém como sede da conferência climática da ONU

Thaline Silva*
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O secretário executivo da Prefeitura de Belém para a COP 30, André Godinho, rebateu nesta segunda-feira (4) as críticas sobre a estrutura hoteleira da capital paraense, que sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, entre os dias 10 e 21 de novembro. Durante evento promovido pela Aya Earth Partners, Godinho questionou a ênfase nas reclamações sobre hospedagem e afirmou que o foco principal da conferência deve ser o debate climático.

“Estão falando mais sobre o problema dos hotéis do que sobre o problema do mundo. A COP é um evento de arquitetura? De padrão de imóveis? Ou é um evento climático para falar dos problemas e impactos que estamos sofrendo?”, declarou o secretário.

As declarações ocorrem em meio a críticas crescentes sobre os preços elevados e a capacidade da rede hoteleira de Belém. No fim de julho, o presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, revelou que alguns países solicitaram oficialmente a transferência da conferência para outra cidade. Segundo ele, os valores cobrados por hospedagem em Belém chegam a ser até dez vezes maiores do que os praticados fora do período do evento.

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Corrêa do Lago comparou a situação com edições anteriores da conferência, nas quais os hotéis elevaram as diárias em até três vezes, mas sem alcançar os patamares observados na capital paraense. Ele ponderou que, embora o Brasil não possa impor limites legais às tarifas, o governo está dialogando com o setor hoteleiro para buscar soluções. Além disso, há negociações com a Organização das Nações Unidas (ONU) para ampliar os recursos destinados às hospedagens das delegações participantes.

Apesar da pressão internacional, Godinho reiterou que o evento será realizado em Belém.“Vai ter COP em Belém, queira sim, queira não, queira alguém que está lá do outro lado do mundo reclamando que não vai ter”, afirmou.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o secretário reforçou que não se deve esperar da cidade uma estrutura hoteleira de luxo.“Não dá para esperar que se tenha a estrutura de que muitos esperavam, de hotéis ultra luxuosos”, afirmou. Para ele, a realidade econômica local é um fator determinante: “nem permite isso”.Godinho também fez um apelo por compreensão e colaboração da comunidade internacional. “Espero que o mundo veja esse ambiente e compreenda de que forma pode colaborar, em vez de ficar só mostrando defeitos ou falhas como se não tivessem defeitos e falhas nos seus lugares também.”

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia

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