Preconceito? Críticas à gastronomia paraense e preços reacendem debate antes da COP30

Cozinheira indígena rebate críticas a respeito dos valores cobrados destacando a qualidade e autenticidade dos alimentos

Riulen Ropan

O debate sobre os preços de alimentos na COP30 em Belém ganhou as redes sociais e veículos da imprensa, indo além da simples questão financeira. A polêmica, que surgiu durante o primeiro dia da Cúpula dos Líderes que antecede o evento global, levanta discussões profundas sobre valorização da cultura amazônica, gastronomia local e possíveis críticas motivadas por preconceito ou mesmo xenofobia.

image (Gabriel da Mota/ O Liberal)

Em meio à polêmica, a cozinheira indígena Tainá Marajora, fundadora do Iacitata Ponto de Cultura Alimentar, único espaço na Blue Zone que oferece culinária amazônica, conversou com exclusividade com o Liberal. Tainá lembrou a dificuldade de pratos típicos serem incluídos na Zona Azul semanas atrás e, também, rebateu as críticas aos valores cobrados, destacando a qualidade, a autenticidade dos produtos e também o fato de outras edições da COP também possuírem produtos com valores mais elevados.

"Aqui não tem ultraprocessado. A cozinha do Iacitata é uma cozinha 100% base comunitária”, explica Tainá destacando que a produção dos alimentos impacta cerca de 25 mil famílias. A cozinheira fez referência ainda ao quanto o queijo do Marajó é um produto raro, amazônico e, em geral, feito por pequenos produtores. Assista:

Vídeo de jornalista sobre preços aumentou a polêmica, mas as COPs são assim...

Um dos vídeos que viralizaram a respeito dos valores cobrados pelos alimentos dentro do Parque da Cidade, local onde acontece a Cúpula dos Líderes, em Belém, foi do jornalista Márcio Gomes, que usou as redes sociais para compartilhar com seus seguidores a indignação com o valor pago por um lanche. 

Marcio conta que pagou cerca de R$ 99,00 em dois salgados e um refrigerante. “Esses preços estão exorbitantes”, declarou. O vídeo rapidamente viralizou e dividiu a opinião dos internautas.

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Neste grande debate, cabe se atentar também para o posicionamento da jornalista paraense Fábia Sêpeda, da TV Liberal, com experiência em coberturas de COPs internacionais.

Ela publicou um vídeo em sua rede social comentando sobre os valores, ela afirmou que em "todas as COPs os preços são altos", sugerindo que o custo elevado em eventos globais é normal e não uma exceção de Belém, encontrando os valores locais até "mais em conta" que em edições anteriores.

E você, internauta, o que acha?

(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Luciana Carvalho, editora web de OLiberal.com)

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