‘Obra em tempo recorde’: engenheiro destaca novo Porto de Outeiro para receber navios-hotel da COP
Capital paraense concluiu o novo porto, que passa a integrar a rota internacional de cruzeiros e recebe os navios-hotel do evento climático.
Em apenas cinco meses, Belém concluiu a construção do novo Porto de Outeiro, que nesta terça-feira (4/11) recebeu os navios MSC Seaview e Costa Diadema, transformados em hotéis flutuantes para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). A entrega da estrutura marca a fase final de preparação da capital paraense para sediar o maior evento ambiental do planeta.
Segundo o engenheiro Rafael Laurido, integrante da equipe de infraestrutura da Secretaria Extraordinária para a COP 30 (Secop), a obra foi um marco pela complexidade e pelo prazo desafiador.
“Foi uma obra em tempo recorde. Fizemos a construção em cinco meses, com muitos desafios. São 616 metros de píer, com 98 estacas de 40 metros e um volume enorme de concreto”, afirmou Laurido.
O porto foi projetado para receber grandes embarcações e conta com estrutura de receptivo e sistema próprio de energia.
“Tivemos de instalar geradores e reforçar toda a rede elétrica, já que a ilha não estava preparada para a demanda dos sistemas de ar-condicionado e de hospedagem dos navios”, explicou o engenheiro.
Com o novo terminal, o Pará passa a integrar oficialmente a rota dos transatlânticos nacionais e internacionais. “Antes, operávamos aqui apenas com carga e em pequena escala. Agora, Belém entra na rota dos grandes navios de cruzeiro do Brasil e do mundo”, destacou Laurido.
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Os dois cruzeiros atracados no local — o MSC Seaview e o Costa Diadema — abrigarão parte dos participantes e delegações durante a COP 30. Após o evento, a expectativa é que o porto permaneça como um legado de infraestrutura para o estado.
“A Secop encerra sua operação com a entrega da obra. Esperamos que o porto seja bem utilizado pela Companhia Docas do Pará (CDP) e que traga o retorno que a COP promete para o desenvolvimento da região”, concluiu Laurido.
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